quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

PANORAMA

LOCUPLETAÇÃO

Segundo alguns experientes conhecedores dos bastidores do Parlamento, as eleições de outubro próximo não promoverão as profundas e necessárias mudanças no Congresso Nacional. Quem aguarda por um elevado índice de renovação do Congresso Nacional, principalmente, por causa das denúncias contra os atuais deputados e senadores, pode se frustrar. Estudos recentes feitos pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) apontam que, salvo mudanças inesperadas no humor do eleitorado, a tendência será de reeleição entre 60% e 70% da atual Câmara dos Deputados – um dos mais altos das sete últimas eleições –, o que poderá levar para a próxima legislatura as práticas e os vícios da atual composição legislativa. Cabe a pergunta: tal qual a fábula do Rei Louco (A água da loucura, de Paulo Coelho), estaremos todos a beber da água do poço contaminado pelo poderoso feiticeiro, a ponto de achar que a maioria dos legisladores federais deve continuar ou o poder de convencimento pela prática do toma lá dá cá vai continuar prevalecendo?



PIROTECNIA

Quem assistiu deputados e senadores falando e votando o decreto de intervenção no Rio, pode constatar que eles não estão nem aí para os problemas do País, e, neste caso em particular, com a insegurança no Estado. Tanto na Câmara como no Senado, os debates foram mais cênicos e políticos do que técnicos, demonstrando que só estão preocupados com as próximas eleições. Nestes dias, bem como durante quase todo o período legislativo (oito anos para senadores e quatro para deputados), essa gente não tem a sensibilidade para os problemas da sociedade na segurança, na saúde, na educação e todos os outros também, pois vivem cercados de segurança, hospitais de primeiro mundo e com um mundão de benefícios inaceitáveis para os atuais padrões de vida do brasileiro comum e que paga os salários dessa casta de privilegiados. O que os leva a se lixar para o que vai acontecer no Rio, se haverá banho de sangue (como alguns dizem) ou se os índices de criminalidade vão diminuir pela atuação da forças de segurança atuando sob o comando do Exército.

ESQUERDA VOLVER

A propósito da votação do decreto nas duas Casas, como sempre fazem, os partidos ditos de esquerda (tem essa de direita, centro e esquerda no Brasil?) misturaram alhos com bugalhos e não consideraram a intervenção militar necessária. Sem trocadilho, pelo contrário, achavam que deveriam continuar os arrastões em vias expressas no rush e nas estradas, crianças morrendo nas escolas por balas perdidas, pessoas sendo fuziladas se pegam uma rua por engano, os latrocínios, estupros, ônibus incendiados, enfim, para os partidos ditos de oposição ( tem essa de situação e oposição no Brasil?), o poder paralelo do crime deveria continuar ditando regras e nos negando todo e qualquer direito de ir e vir.  Negar um caminho para, ao menos, se tentar diminuir (a solução sabemos ser a longo prazo) os problemas mais graves vividos por cariocas e fluminenses também é um crime praticado por essa gente que só quer o quanto pior melhor. Felizmente, novamente, foram derrotados, não pelos seus pares (que não são flores que se cheire) e sim pela maioria da sociedade que não aguenta mais conviver assim e deseja ter uma esperança na luta do bem contra o mal.


SENADORES DO CONTRA


Os partidos aliados ao governo deram 79% de seus votos a favor do decreto de intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro. Oito senadores da base de apoio do governo no Congresso se abstiveram ou não compareceram a reunião para darem seus votos. A oposição também votou majoritariamente em bloco e deu 79% de seus votos contra o decreto de intervenção do governo. Disseram NÃO ao Rio, ou melhor, à atuação das Forças Armadas em conjunto com os demais agentes públicos para se tentar algo para melhorar a vida das pessoas, os senadores, Fátima Bezerra, Gleise Hoffmann (presidente do PT, também conhecida como "Amante"), Humberto Costa, Jorge Viana, José Pimentel, João Capiberibe, Lindbergh Farias, Lídice da Mata, Paulo Rocha, Randolfe Rodrigues, Regina Souza, Telmário Mota e Vanessa Graziotin.


 DEPUTADOS DO CONTRA

Além do senador Lindbergh Farias, eleito pelo Estado do Rio de Janeiro, que votou contra o decreto de intervenção, oito deputados federais da bancada do Rio também disseram NÃO. São (foram...) eles: Alessandro Molon, Benedita da Silva, Celso Pandera, Chico Alencar, Glauber Braga, Jandira Feghali, Jean Wyllis, Luís Sérgio e Wadih Damous. Apesar de ser direito de qualquer parlamentar votar como determina sua "própria consciência", neste caso, consideramos que pode ter lhes faltado, exatamente, consciência e solidariedade quanto ao momento grave vivido por milhões de pessoas pois quase ninguém tem dúvida que há um caos na segurança pública e qualquer ajuda é muito bem-vinda. Inclusive quando vem da terra, do ar e do mar., coisa que parte da bancada do Rio parece não querer.



FRASE DA SEMANA: O que será que o presidente do PTB, Roberto Jefferson, pai da deputada Cristiane Brasil - a ministra que foi sem nunca ter sido - vai pedir para ficar no lugar do ministério do Trabalho?