Muitas são as perguntas que todos se fazem quando trata-se do Supremo
Tribunal Federal (STF), sua importância, seu custo, seu verdadeiro papel
e o porquê de a maioria dos ministros poderem, praticamente, tudo
quando refere-se a dizer quem cometeu crime e definir o veredicto, além
da prerrogativa de contrariar o que parece óbvio para a maioria dos
'mortais' (aliás, algo que eles têm a certeza de não ser). Vejam o que
faz, por exemplo, Gilmar Mendes - e o que não faz a presidente Carmém
Lúcia e outros pares que só dizem amém - ao conceder "Insulto" de Natal a
Adriana Ancelmo, esposa do arqui-inimigo do Rio e da Nação, Sérgio
Cabral, determinando seu recolhimento domiciliar por ter filhos
menores de idade (só no Rio existem 326 presidiárias com filhos menores
de 12 anos), a rejeitar denúncias contra o senador Benedito de
Lira, os deputados Arthur Lira, Eduardo da Fonte e José Guimarães e a
suspender inquérito contra o governador do Paraná, - e agora
vice-presidente do PSDB - Beto Richa, tudo isto esta semana e, no caso
dos políticos, sob a alegação de que "não haviam indícios mínimos de
prova que justificassem a instauração de ação penal". Como diria um
conhecido apresentador de TV: tá de brincadeira? As atitudes, no mínimo,
estranhas e imorais de Gilmar - também conhecido como 'o mais eficiente
laxante da justiça brasileira', além de muito estranhas, já que possui
inúmeras ligações com pessoas ligadas aos mais variados crimes de
corrupção como, por exemplo, a Lava Jato, bem como alguns de seus
negócios empresarias receberem verbas governamentais (em dois anos,
repasses aumentaram 1.766%), deveriam, fôssemos um país sério e
tivéssemos um Supremo à altura, levar este douto senhor a ser julgado
pela história atual. A de hoje, a de agora. Não àquela que quando chegar
deverá dizer que Gilmar Mendes foi um ministro do STF com notável saber
jurídico mas que nunca se sentia impedido de julgar nada nem ninguém,
tripudiava encima das pessoas e até das próprias instituições e
colegas e sempre se considerava acima de qualquer suspeita. Ou que
cometeu tais e quais crimes de conduta, de responsabilidade e outros
que, porventura, possam ser revelados. Mas que a população brasileira
atual, de hoje e de agora, vê como ele é, o que pensa e o que faz quando
ri da desgraça alheia, protegendo os seus supostos interesses. A mesma
que exige um julgamento imediato para ele e para qualquer outro que
possa ter contrariado a lei dos homens.