quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

FIM DE FESTA

Há poucos dias do Natal, data comemorativa que simboliza o nascimento de Jesus Cristo e do encerramento do ano - época em que a maioria das pessoas costuma a rever como tem sido sua vida e se tornar mais 'afetuosa - muitos têm sido os motivos e os personagens da economia, da Justiça e, principalmente, da política para estragar toda a festa. As instituições, então, igualmente, marcantes pelos variados e vastíssimos episódios ligados à corrupção sistêmica, endêmica e sindrômica  em que mergulharam o País. Se pretendêssemos elencá-los, em poucas linhas, seria algo bem próximo do improvável ou, no mínimo, entediante para quem quer tentar esquecer o triste e melancólico 2017 que escreveu as piores páginas da história do Brasil e do mundo quando trata-se de ausência de interesse ou compromisso com o bem comum. A cronologia começaria no dia primeiro de janeiro e iria até agora, este momento, pois os exemplos de imoralidade, desperdício de dinheiro público, inexistência de meritocracia, mau uso da máquina estatal, casuísmo, altos salários e mordomias nos Três "Podres" Poderes, roubalheira por todos os lados, justificativas injustificadas, cenas e gravações incontestáveis e verborragia foram - e têm sido - constante e não deram - e não dão - sossego um minuto sequer. Centenas, milhares de prisões, delações, investigações e flagrantes da PF sobre rios de dinheiro desviados, caos na saúde, na educação, nos transportes - e nos esportes - mortes de incontáveis policiais (civis já se perdeu a conta), enfim, uma 'Guerra dos Muitos Anos' travada entre as instituições e a criminalidade - cujo braço forte e impiedoso é a corrupção presente em ambas e que vem levando a sociedade a sua maior derrota - pintaram o quadro dantesco que aí está e que promete se repetir nos anos vindouros se a população permitir. Por isso, é bom ficarmos mais atentos quando se aproximarem as campanhas eleitorais e o festival de mentiras for pro ar com os "cândidos" prometendo tudo aquilo que todos sabemos não acontecerá. Mesmo assim, com a esperança de melhores dias, devemos acreditar que é possível se fazer um Pais melhor desde que não fiquemos apenas esperando.