quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

EDUCAÇÃO REPROVADA

Mais um ano letivo, praticamente, chega ao fim e, nesta menor distância imaginável entre dois pontos distintos (também conhecida como reta), após as provas finais e a discussão coletiva onde são apontadas as dificuldades dos alunos, professores e instituições de ensino na busca por melhorias, o Conselho de Classe (COC), vem a tradicional pergunta: valeu a pena? Segundo o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), NÃO, pois acaba de revelar o panorama da Educação brasileira em uma conta que, aparentemente, não fecha. Pior: que a maioria dos alunos não sabe fazer cálculos simples nem entende o que lê. Para se ter ideia do péssimo caminho percorrido e dos muitos erros cometidos ao longo dos últimos anos - por tudo e todos os envolvidos, é bem verdade -, o Brasil continua ocupando uma das últimas posições quando refere-se à Ciências, Matemática e Leitura, disciplinas avaliadas pelo programa que testa alunos de 15 anos em 70 países e é considerado o mais importante do mundo. Em Ciências, que era o foco do estudo recém-divulgado, o país ficou em 63º lugar (estava em 59º em 2012, quando havia 65 países analisados), caindo de 405 para 401 pontos - apesar de não indicar uma mudança estatisticamente significativa - e ficando na frente apenas de Peru, Líbano, Tunísia, Macedônia, Kosovo, Argélia e República Dominicana. Em Leitura (texto/linguagem), o Brasil caiu de 55º para 59º, perdendo três pontos. Na terceira e última matéria avaliada, Matemática, o cenário é ainda mais duro: o país caiu 14 pontos e despencou da 58ª para a 65ª posição, sendo o último país da América Latina neste ranking. E não se pode dizer que é por falta de grana, pois tem havido até um pouco mais de investimento por aluno e outros países da região, inclusive, que investem a mesma quantia ou até menos do que o Brasil, tiveram resultados melhores em 2015. Mas o que fazer para parar de chorar pelo leite derramado e criticar somente as ações de governo, como as PEC's 55 e 241 que o PT e seus puxadinhos insistem em dizer que vão 'retirar dinheiro da Educação? Primeiro, é importante saber o que é Educação e pensar a realidade, não apenas com saudosismo, uma vez que os tempos são outros, as famílias agem diferente, a tecnologia avança a cada segundo e as perspectivas e os atrativos são bem menores. Depois, rever a progressão continuada cuja meta é aprovar e não ensinar, pouco importando se o aluno aprendeu. Finalmente (não necessariamente nesta ordem), valorizar o professor, tornando a carreira mais atraente, elevando os requisitos para alguém se tornar um docente e rever a maneira como as disciplinas são ensinadas e, até mesmo, o método de ensino Paulo Freire, certamente, tão ultrapassado quanto outras ideias esquerdopatas petistas e  como aqueles que sofrem de Síndrome de Pollyana e pensam um mundo melhor, uma educação melhor, uma pedagogia (equivocada) do amor, mas que só conseguem praticar corrupção, transformando em lixo aquilo que tocam. Aí, o resultado só poderia ser este: boletins cheios de vermelho.