quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

COMEÇO DO FIM

Independente da saída ou não do senador Renan Calheiros ( hoje chamado de Réunan) e da chance do presidente Temer em convencê-lo a renunciar, a vitória das ruas no sentido de manifestar seu repúdio à corrupção, à boa parte de um Congresso viciado e pouco producente, tem sido muito expressiva. Hercúlea, mesmo, quase comparável a de Davi sobre Golias. Não que o povo não seja soberano e o mais forte, mas é que havia um corporativismo e uma oniciência tão grande, por parte de senadores e deputados que não entendem o poder efêmero e a força do voto que os faz entrar e sair, que o complexo de Vira-Latas predominava. Agora, essa coisa parece começar a mudar. Os três poderes, a merecer caixa baixa até que se regenerem pelos muitos erros cometidos, começam a se render e reverenciar seus verdadeiros 'chefes', 'patrões' ou qualquer outro nome que signifique a vontade de uma maioria que não aguenta mais tanta corrupção, tanta roubalheira e tanta diferença pels graves problemas enfrentados por ela. Se Lula pode ser preso a qualquer momento, Dilma sofreu o impeachment, com Temer podendo ser condenado e receber o mesmo tratamento, se Renan vai acatar a liminar do ministro do STF e ficar de fora da presidência do Senado e se Maia sair da linha de sucessão, isto se deve, primeiramente, pelo amadurecimento e coragem da população que resolveu 'colocar a cara na reta' e exigir aquilo que é seu, ou seja, o País e tudo que ele pode lhe devolver através da maior carga tributária do planeta não revertida, nem de longe, em serviços públicos de qualidade. Méritos, também, para boa parte da Justiça que, igualmente, passou a ocupar sua parcela de responsabilidade como Quarto Poder ( este em caixa alta pelo que vêm fazendo o juiz Sérgio Moro, o MPF e outros bravos idealistas e cumpridores com o dever), capaz de atender à demanda de milhões de brasileiros e brasileiras que querem, apenas, o que é seu e o fim de tanta indiferença, descalabro e ladroagem por parte das instituições.