quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

PIOR NÃO FICA

Apesar de toda confusão pela qual passou - e passa - a maioria da população, com impeachment da presidente Dilma, assunção do vice Temer  (ainda que do PMDB), muitas prisões de gente importante, envolvida em esquemas de corrupção, tudo isto tendo como consequências gravíssimas a queda na economia, com a volta da inflação e o aumento na taxa de desemprego, gerando uma baixa auto-estima poucas vezes vista no País (o ano de 2016, seguramente, será considerado no futuro como um dos piores para nossa economia), 2017 promete ser, segundo especialistas ligados ao governo, 'um pouco menos pior'. Em meio a este cenário desalentador, logo de cara existem, para eles, três notícias favoráveis. A primeira se refere à inflação, que, frente à intensa contração do gasto agregado e à descompressão dos custos, começa a mostrar intenso recuo, que deverá prosseguir ao longo do ano que vem. Outro aspecto favorável vem da balança comercial (diferença entre exportações e importações), que tem apresentado importantes saldos positivos, assegurando nossa solvência externa, embora grande parte do resultado decorra do efeito negativo da recessão sobre as importações. A terceira boa nova diz respeito às contas públicas. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/55 foi aprovada, finalmente, tanto pela Câmara como pelo Senado, abrindo caminho para o reequilíbrio fiscalUma menor taxa de inflação e a perspectiva de contenção das despesas governamentais permitirão que o Banco Central comece a reduzir de forma mais “agressiva” a taxa de juros básica a partir de 2017, o que diminuirá o custo do crédito, possibilitando que famílias e, principalmente, empresas possam renegociar suas dívidas, etapa imprescindível para a futura recuperação do consumo e do investimento produtivo. Apesar das incertezas políticas (estas ainda tiram o sono de muitos que estão presos ou em vias de), o efetivo início do ajuste fiscal, marcando a volta de um modelo de política econômica mais consistente, será fundamental para a recuperação da confiança do setor privado, principalmente dos empresários, o que poderá, paulatinamente, iniciar a recuperação da produção, que conta com grande capacidade ociosa, gerando criação de novos empregos. Em síntese, a política econômica parece estar seguindo no caminho certo, devolvendo a economia brasileira ao “prumo”. Esta tarefa, porém, além de impor sacrifícios e escolhas para toda a sociedade, deverá ser lenta em entregar resultados. Sem outro “motor” alternativo, o cenário mais provável é de moderado crescimento da atividade para 2017. Mas e os especialistas que pensam diferente (os gritos da oposição petista e/ou puxadinhos não vale)? Alguns da Fundação Getúlio Vargas (FGV), por exemplo, dizem que as expectativas de recuperação da economia têm melhorado, mas ainda não será em 2017 que o País sairá da crise. Longe disso. A previsão é que haverá contração de 3,4% e que o próximo ano começará com queda de 0,5% no Produto Interno Bruto (PIB) e como o movimento de 'desinflação' tem ocorrido em ritmo lento, não deveremos ter a queda na taxa de juros esperada pelo mercado. O calcanhar de Aquiles continuará sendo a política fiscal  e a trajetória da dívida pública. Sílvia Matos, coordenadora técnica do Boletim Macro Ibre, estudo mensal que contempla estatísticas, projeções e análises dos aspectos mais relevantes da economia brasileira, avalia que 'neste momento de transição, a gente não sabe quanto de desinflação virá, pois o Banco Central está sendo extremamente cauteloso para não errar na calibragem. Logo, a economia não vai poder se recuperar com a mesma velocidade". E nós, os simples mortais a quem cabe cumprir as regras, votar obrigatoriamente, pagar impostos e continuar acreditando que 'a coisa vai melhorar'? O que pensamos? Que nada vai melhorar enquanto a Justiça não colocar atrás das grades o responsável pelo maior projeto criminoso de poder e vários outros que estão soltinhos da silva, colocar em prática as Medidas (pra valer e ipsis litteris Contra Corrupção, o Congresso Nacional não acabar com a farra com o dinheiro público (gastos superiores a R$1,7 milhão em alimentos para o avião do presidente não dá, né!) - serve para assembleias e câmaras que, por sua vez, devem economizar e fiscalizar prefeitos e governadores - e não se permita punir, ainda mais, os trabalhadores que sempre bancaram tudo. Com crise, sem crise, no amor e na dor. Em não acontecendo tudo isto, continuaremos só acreditando cumprindo regras, votando e 'contribuindo' com a maior carga tributária do planeta. E aceitando a roubalheira e a farra institucionais.




domingo, 25 de dezembro de 2016

PRA COMEÇAR A SEMANA

Seja lá como for, esteja onde estiver, tenha fé porque até no lixão nasce flor.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

E SE TEMER SAIR?

Querem cassar a chapa Dilma-Temer (o que eu e as torcidas do Flamengo e da Chapecoense achamos pouco provável), por causa de gastos ilegais na campanha presidencial de 2014. O Ministério Público Eleitoral encontrou fortes traços de fraude e desvio de dinheiro em gráficas contratadas para a campanha dos dois O TSE, presidido pelo juiz tripolar, Gilmar Mendes, apura se ocorreu abuso de poder na chapa da Coligação "Com a Força do Povo" em um processo que pode levar à cassação do peemedebista, presidente Michel Temer - a petista já foi -  e à realização de eleições indiretas em 2017. As informações foram investigadas pela Polícia Federal, e o MPE analisa o relatório sobre o caso desde o dia 30 de novembro. Mas, se isto ocorresse, ou seja, se houvesse a saída do presidente, a vacância do cargo (renúncia, impeachment, cassação ou coisa que o valha) como ficaria o País? A principal dúvida é sobre a modalidade da eleição: seria direta, ou indireta? Quem poderia ser candidato? Quais seriam as circunstâncias do novo pleito? Vejamos:
1. Sem vice. Como Michel Temer não tem um vice-presidente — na realidade, ele era o vice e assumiu após o impeachment de Dilma Rousseff — uma nova eleição deve ser realizada caso ele renuncie ao cargo ou seja cassado;
2. Eleições diretas vs indiretas. Se Michel Temer for cassado ou renunciar até o dia 31 de dezembro deste ano, o tipo de eleição será direta, ou seja, os brasileiros voltariam (a propósito, você se lembra em quem votou nas eleições municipais , dias atrás?) às urnas para escolher um novo chefe para o Poder Executivo. Depois dessa data, se Temer deixar o governo, quem vai escolher o novo presidente do Brasil é o Congresso Nacional, por meio de uma eleição indireta — parecida como a que escolhia os presidentes durante a ditadura militar. Mais uma patifaria, uma afronta ao direito de o eleitor escolher seu destino (com ou sem arrependimento), mesmo garantida pela quase ultrapassada Constituição federal em aspectos assim;
3. Interino. Quem assume a Presidência da República, interinamente, é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), ou quem estiver na cadeira. A Justiça Eleitoral organizaria uma nova eleição a ser realizada em até 90 dias, contados do dia em que o cargo de presidente ficou vago.
4. Eleição normal. No caso da saída de Temer, a nova eleição acontece praticamente nos moldes de uma disputa eleitoral normal. Os partidos fazem suas convenções, apresentam as candidaturas, fazem campanha eleitoral e participam de debates na rádio, na TV e em outros veículos. A única diferença é que o prazo do período eleitoral e do registro de candidaturas deverá ser menor. Tudo estabelecido pela Justiça Eleitoral.
5. Tempo de mandato. O vencedor teria um “mandato tampão” que acabaria em 1º de janeiro de 2019, com a posse do novo presidente eleito nas eleições majoritárias marcadas para outubro de 2018. Lá iríamos nós, de novo, escolher pessoas para exercerem mandatos que não sabemos se chegam ao final;
Mesmo podendo se esperar qualquer coisa vinda do TSE e da cabeça de um juiz - igual a bunda de neném, que a gente nunca sabe o que vem -, considero a discussão oportuna pois o 'tamo junto' deve levar em consideração todas as responsabilidades, todos os ônus e os bônus, e se ficar comprovado envolvimento, mesmo coparticipação de Temer, que a Justiça encontre alternativas, legais e democráticas,  para colocar no mais alto cargo da República alguém capaz de não permitir que o País afunde ainda mais. Tarefa tão árdua quanto dizer se Temer fica ou se sai.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

PEC DA MORTE

A PEC 287, aquela que atropela direitos adquiridos pelo trabalhador e, dizem os especialistas de Estudos da Seguridade Social e Tributário, 'vem repleta de inconstitucionalidades', tem feito a festa para alguns engraçadinhos nas redes sociais. Apesar de não ter nada de divertida, pois, se aprovada, além do forte impacto que, certamente, vai provocar em quase toda classe trabalhadora (além da morte e doenças para a maioria), a chamada Reforma da Previdência virou  um bom motivo para piadas, charges e memes. Espirituosos (o que não significa despreocupados), os internautas se referem a ela como o programa "Minha Cova, Minha Vida" e com frase do tipo "Gente, to fazendo as contas aqui, e não vai dar pra me aposentar nessa vida!", fora o meme da mãe que pergunta pra onde seu bebê está indo e ele, de fraldas e pastinha na mão, responde: "Trabalhar! Se eu começar agora, talvez consiga me aposentar". Brincadeiras à parte, acredito que esta aberração do governo Temer tá fazendo graça, jogando pra cima e ver se consegue aprovar algo que represente uma contribuição maior, uma esticadinha em seu número ou o apoio da população à criação de um novo imposto. Lembrando o período da ditadura que, por exemplo, anunciava aumentos de 80% para a gasolina e, no dia seguinte, refazendo os cálculos dizia que seria de 'apenas' 40%. E todos respiravam aliviados.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

SALVAÇÃO DO MAC

Ir ao Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Niterói, é sempre um daqueles momentos prazerosos e únicos quando trata-se de contemplar um patrimônio nacional, considerado uma das maravilhas arquitetônicas do mundo e se deliciar com as permanentes exposições de arte contemporânea expostas ali. Fora shows de música popular e outros que completam aquele espaço. Mas ele peca quando o assunto é relacionado à limpeza externa, ao entorno do museu. Não que esteja abandonado e sujo - muito pelo contrário, só que se você quiser fazer a sua parte, colocando algo descartável numa cestinha de lixo, por exemplo, terá muita dificuldade pois os responsáveis pelo espaço parecem não ter pensado nesta possibilidade. Fica um alerta, pois o MAC é, com certeza, uma grande atração turística, um monumento, um cartão postal de Niterói e o 'pecadinho' cometido pela prefeitura é fácil e possível de remissão.

SEM MORAL

Que Lula é criminoso, o mundo todo já sabe. Que ele foi um dos principais responsáveis pelo projeto de poder do Partido dos Trabalhadores (PT) voltado para a 'cumpanherada' governar - e roubar - o máximo de tempo possível, também. Só que o "Amigo", "Barbudo", "Luleco", "Brahma" ( toda semana surgem novas delações envolvendo o nome de Lula que, eventualmente, aparece com apelidos diferentes), anda tão desesperado que, agora, resolveu partir para cima da Justiça procurando intimidá-la. E uma forma encontrada, ou sugerida pelos caríssimos advogados que tentam defendê-lo, tem sido processar membros do próprio Ministério Público. Como acaba de acontecer com ação contra o promotor Deltan Dallagnol pedindo R$1 milhão como indenização por danos morais. Pra começar, que moral tem Lula para achar que todos são imorais como ele que, em nome de acabar com a pobreza no País, enriqueceu à custa do sofrimento de milhões de brasileiros, hoje, desempregados, inadimplentes, desabrigados, famintos, enfim, sem esperança? Que moral ele acha que tem por querer encontrar um jeito de calar quem cumpre o papel constitucional de defender a sociedade? Finalmente, que moral e consciência têm advogados, pagos com dinheiro desviado dos cofres públicos e/ou de Caixa 2, para defender corruptos como o imoral e amoral do Lula?

domingo, 18 de dezembro de 2016

REPÚDIO

Parece que tá na moda os políticos dizerem que repudiam veementemente tal acusação. Essa turma, quando se agarra a um frase, um bordão, o faz com a convicção de quem acredita na própria mentira e com a desfaçatez - quase perfeitas - de quem cometeu um crime mas nega até o fim. Como os presos ( alguns são capazes de chorar) e, agora, os 'representantes do povo' quando flagrados ou apontados nas delações premiadas. Só que fica cada vez mais difícil se enganar tanta gente durante tanto tempo. Principalmente, por sermos tantos de olhos e ouvidos ligados, dispostos a compartilhar as informações e a repudiar VEEMENTEMENTE uma classe de gente tão desqualificada como parece ser a maioria de políticos brasileiros.

BOA IDEIA

Os apelidos divulgados pela lista da Odebrecht tão fazendo um sucesso tão grande - seria cômico se não fosse trágico pelo mal que a corrupção vem causando ao País - que o TSE poderia introduzir, já nas próximas eleições, em 2018, codinomes e alcunhas nas urnas eletrônicas. Como não somos, mesmo, um País sério, e o processo eleitoral é quase todo ele engraçado, isto também iria facilitar que, em posteriores divulgações da Justiça e de investigados pela prática comum de roubo envolvendo políticos e empresários, a população conhecesse, de antemão, seus algozes, aqueles que roubam o dinheiro da Saúde, da Educação, dos Transportes, da Segurança, da Previdência, etc.

TIMAÇO DE TEMER

Os apelidos abaixo lembram até um time de futebol formado por colegas de trabalho, de praia, de copo, etc. Mas são o 'escrete de ouro' formado pelo Governo Temer para dar sustentação a alguns de seus projetos visando tirar o "País da crise". Ei-los devidamente identificados e com os supostos valores repassados pela Odebrecht para supostas campanhas de acordo com o site BuzzFeed, : "Caju": senador Romero Jucá (PMDB-RR) – R$ 22 milhões; "Índio": senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) – também teria se beneficiado com o valor; "Gripado": senador José Agripino (DEM-RN)– R$ 1 milhão solicitado por Aécio Neves; "Botafogo": deputado e presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)– R$ 100 mil; "Justiça": senador e presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) – teria se beneficiado com parte dos R$ 22 milhões; "Primo":ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS)– teria centralizado arrecadações para Temer; "Angorá": secretário Moreira Franco – recursos para Temer; "Babel": ex-ministro Geddel Vieira Lima – R$ 1,5 milhão; "Misericórdia": deputado Antônio Brito (PSD-BA) – R$ 430 mil; "Boca Mole": deputado Heráclito Fortes – R$ 350 mil; "Todo Feio": deputado Inaldo Leitão (PP-PB) – R$ 100 mil; "Caranguejo": Eduardo Cunha (ex-deputado) – R$ 7 milhões; "Campari": Gim Argello (ex-senador) – R$ 1,5 milhão; "Decrépito": deputado Paes Landim (PTB-PI);"Velhinho": Francisco Dornelles (PP), vice-governador do Rio de Janeiro – R$ 200 mil e "Feia", senadora Lídice da Mata.

REUNIÃO NO JABURU

No início da semana passada, o presidente Temer mandou chamar os aliados para discutir as perspectivas de seu governo diante das últimas revelações da Odebrecht, bem como sua avaliação nas últimas pesquisas (ruim ou péssimo saltou de 31% para 51% e 63% querem a renúncia). Os primeiros a chegar foram Caju, Índio, Gripado, Botafogo, Justiça, Primo, Angorá e Babel. Em seguida, Misericórdia, Boca Mole e Todo Feio, este com cara de poucos amigos pela alcunha revelada pela PF. Sentidas as ausências de Caranguejo e Campari, presos em Curitiba, de Decrépito que enviou recente laudo de DA (Doença de Alzheimer) e Velhinho que preferiu botar o pijama para dormir. Pra não dizer que era o Clube do Bolinha, Feia também participou do encontro.

PRA COMEÇAR A SEMANA

"Só falta assaltarem à mão armada".
 (Villas Boas-Corrêa (falecido esta semana) sobre os políticos do Brasil)

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

LIBERTAS QUAE SERA TAMEN

Dia sim e o outro também, o País vai dormir e acorda ouvindo o samba de uma nota só. Onde tem bandidagem institucionalizada, corrupção, desvios de toda natureza, mentiras e, agora delações sobre propinas pagas com o dinheiro do povo brasileiro, tem Lula e o PT no meio. Ele, só, não. Sua família, a 'cumpanheirada' e, claro, o PMDB, partido ex-aliado, ex-parceiro, ex-cúmplice que, como sempre faz, preferiu deixar a canoa afundar pensando que ia se safar. Mas, pelo visto - e pelo timaço de Temer, com Justiça, Caju, Caranguejo, Primo, Angorá, Índio e outros ainda não escalados - a coisa desta vez tende a acabar mal pra essa gente acostumada aos malfeitos, às pizzas, às canalhices, às injustiças, ao acobertamento das falcatruas durante anos e anos, ao domínio das instituições (se bem que existe mau caráter em qualquer lugar, até no STF), à covardia, ou ao pouco interesse, da população. Se alguém pensa que o Brasil ainda não foi passado a limpo, acertou em cheio. Só que o pontapé inicial foi dado, muito tempo depois da proclamação de uma República que, aparentemente, parece ter chegado pra ficar. É o que veremos em breve.

O BARQUINHO DE TEMER

Quando João Gilberto compôs O Barquinho, teve em mente retratar a pureza de um dia de luz, um barquinho deslizando pelo mar, com sol, dias tão azuis, uma calma de verão e uma tarde caindo. Jamais poderia ter pensado, por exemplo, num partido que tem por costume ficar com um pé em cada barquinho e que vem causando uma grande tempestade no País. Menos ainda em uma tripulação tão despreparada como a do atual governo que vem proporcionando dias horríveis para milhões de brasileiros e brasileiras. Como faz o PMDB de Temer, mesmo partido de Renan, Jucá, Cunha, Eliseu, Eunício e Moreira, ou melhor, Justiça, Caju, Caranguejo, Primo, Índio, Angorá e tantos outros 'companheirões' do presidente ( ainda não 'escalados' pela PF), que quando o assunto é política, mais precisamente o poder, ficam sempre com um pé em cada um, aumentando a crise econômica, política, institucional, moral, ética e tudo que ninguém queria. Bem diferente da poesia de João, onde 'tudo isso é paz, tudo isso traz, uma calma de verão e então, o barquinho vai, a tardinha cai, o barquinho vai'.

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

Com o grande estrago causado à Nação pelo projeto criminoso do PT, milhões de pessoas, de uma forma ou de outra, se manifestaram pelo fim de um ciclo que tinha à frente Dilma Rousseff. O resultado foi seu afastamento definitivo e a assunção do vice - como prevê a CF -, Michel Temer, do PMDB. Todos sabíamos que não era o ideal, que seu partido não era exemplo de probidade, de ideologias programáticas, civismo, patriotismo ou coerência política (no meio, o PMDB costuma a ficar sempre com um pé em cada canoa), mas o desespero havia tomado conta dos lares e das ruas e, quando isto acontece, praticamente, qualquer coisa, por pior que seja, torna-se a melhor opção. Só que o quadro tá tão feio, tão feio pro lado do atual presidente (pra maioria da população nem se fala), pessimamente acompanhado, que começa a amadurecer e tomar corpo a possibilidade de haver outro impeachment ou até a marcação de eleições gerais, embora esta seja mais delicada porque poucos aceitariam perder as 'bocarras', além da alegação de gastos, tempo legal exíguo e outros blá-blá-blás comuns quando trata-se de proteger o corporativismo existente no Congresso. Entretanto, além da gritaria de deputados e senadores petistas pelo fato novo, vários movimentos sociais já protocolaram na Câmara dos Deputados um novo pedido de afastamento contra o presidente Michel Temer. Para os autores do texto, ele cometeu crime de responsabilidade quando não tomou providências contra o então ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (ganha um doce quem acertar o partido deste senhor). Isto sem falar nas delações da Odebrecht que têm comprometido o núcleo duro de seu governo, reforçando a tese de ser um genuíno aliado de sempre da corrupção, das trapalhadas, lambanças, falta de planejamento, de respeito ao trabalhador e tantas outras que não deixam o País avançar, tampouco o brasileiro ter esperança por dias melhores. Sendo assim, os próximos meses na República deverão ser de muitas novidades e, quem sabe, até de uma verdadeira proclamação feita por aqueles que têm coragem de nunca se acomodar.

ESCALAÇÃO (QUASE) COMPLETA

Os apelidos abaixo não são daquele time de futebol formado por colegas de trabalho, de praia, de copo, etc. Eles fazem parte da lista da Odebrecht e os valores que teriam sido repassados, de acordo com o site "BuzzFeed":
1. Michel Temer – R$ 10 milhões ( sem apelido?)
2. "Caju": senador Romero Jucá (PMDB-RR), senador – R$ 22 milhões para campanhas
3. "Justiça": Renan Calheiros (PMDB-AL), senador – teria se beneficiado por parte dos R$ 22 milhões
4. "Índio": Eunício Oliveira (PMDB-CE), senador – também teria se beneficiado com o valor
5. "Primo": Eliseu Padilha (PMDB-RS), ministro – teria centralizado arrecadações para Temer
6. "Las Vegas": Anderson Dornelles (ex-assessor de Dilma) – R$ 350 mil
7. "Angorá": Moreira Franco, secretário – recursos para Temer
8. "Caranguejo": Eduardo Cunha (ex-deputado) – R$ 7 milhões
9. "Cerrado/Piqui": Ciro Nogueira (PP-PI), senador – R$ 5 milhões para campanhas do PP
10. "Polo": Jaques Wagner (ex-ministro) – R$9,5 milhões
11. "Gremista": Marco Maia (PT-RS), deputado – R$ 1,3 milhão
12. "Babel": Geddel Vieira Lima (ex-ministro) – R$ 1,5 milhão
13. "Bitelo": Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), deputado – R$ 1,5 milhão
14. "Campari": Gim Argello (ex-senador) – R$ 1,5 milhão
15. "Gripado": 
José Agripino (DEM-RN), senador – R$ 1 milhão solicitado por Aécio Neves

16. "Botafogo": Rodrigo Maia (DEM-RJ), deputado – R$ 100 mil
17. "Misericórdia": Antônio Brito (PSD-BA), deputado – R$ 430 mil
18. "Ferrari": 
Delcídio do Amaral (ex-senador) – R$ 550 mil

19. "Corredor": Duarte Nogueira (PSDB), prefeito de Ribeirão Preto – R$ 600 mil
20. "Todo Feio": Inaldo Leitão (PP-PB) – R$ 100 mil
21.  "Jovem": Adolfo Viana (PMDB-BA), deputado estadual – R$ 50 mil
22. "Feia": Lídice da Mata (PSB-BA), senadora – R$ 200 mil
23. "Comuna": Daniel Almeida (PCdoB-BA), deputado R$ 100 mil
24. "Goleiro": Paulo Magalhães Júnior – R$ 50 mil
25. "Diplomata": Hugo Napoleão – R$ 100 mil
26. "Moleza": Jutahy Magalhães – R$ 350 mil
27. "Velhinho": Francisco Dornelles (PP), vice-governador do Rio de Janeiro – R$ 200 mil
28. Carlinhos Almeida – R$ 50 mil
29. João Almeida – R$ 500 mil
30. Rui Costa (PT), governador da Bahia – R$ 10 milhões
31. Paulo Skaf (PMDB), presidente da FIESP – teria se beneficiado com R$ 6 milhões da verba acertada com Temer.




DE PÉS JUNTOS

Praticamente, qualquer criança brasileira sabe que político não costuma falar a verdade. Pra dizer a verdade, esta raça corrupta de malfeitores e ladrões de dinheiro público mente o tempo todo. Mesmo quando é flagrado roubando, mentindo, prometendo o que jamais vai fazer, tendo várias testemunhas e vídeos, caseiros ou não, a comprovar o feito, o "representante do povo" nega tudo. É capaz de morrer para provar sua inocência. Como vêm fazendo todos os acusados pela delação dos diretores da Odebrecht que, apontados como grandes participantes do esquema de Caixa 2 por terem recebido dinheiro da empresa para campanha, ou para bancar sua vida nababesca e outras patifarias, manda alguém dizer (a covardia é outra de suas péssimas qualidades) que foi 'tudo legal, tudo declarado ao TSE'. Que o digam Jucá (Caju), Moreira Franco (Angorá), Renan Calheiros (Justiça), Eunício Oliveira (Índio), Geddel Vieira Lima (Babel), Eliseu Padilha (Primo), Eduardo Cunha (Caranguejo), todos do PMDB, supostamente, desonestos e, com certeza, muito mentirosos.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

DESCRENÇA NOS PARTIDOS

Não há muito exagero quando se diz que partido político é tudo igual. Tudo farinha do mesmo saco, em se tratando, principalmente, de negociatas, corporativismo, conceder legenda, legalizar candidaturas e, óbvio, deixar a população em segundo plano. Isto sendo bastante otimista, uma vez que o primeiro é, sempre, ele mesmo, e seus 'caciques' (a grande maioria dos filiados não serve pra nada, além de fazer número), a chance de se aproximarem do governo e se beneficiarem das ofertas à disposição para quem condiciona seus votos à base do escambo, portanto, sem qualquer conotação ideológica. Depois vêm as coligações - em nome da tal da governabilidade - e outros projetos criados para atingir seu objetivo maior: o poder político e o econômico (não necessariamente nesta ordem, assim como a roubalheira desvairada). Uma pena ter de chegar a esta conclusão, como fazem milhares de vozes nas ruas (levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) demonstra que nada menos de 94% dos entrevistados encaram os partidos com desconfiança), cientistas políticos e articulistas especializados, cujo limite por tanta ineficiência e desvios chegou ao fim ou está prestes a. Mas é desnecessário e até impossível acabar com eles já que o Artigo 1º, Parágrafo Único da CF diz que ‘’Todo poder emana do povo que o exerce por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição’’e que, sob o ponto de vista jurídico, determina, ainda, que o Brasil terá uma democracia representativa, cabendo ao povo exercer sua soberania ao escolher seus representantes e, em alguns casos, decidir de forma direta sobre os rumos da produção legislativa e da formulação e execução das políticas públicas. Claro que o problema não são os partidos, as meras (falei MERAS) siglas e, sim, a desvirtuação quanto à utilidade, propósitos e méritos feita por uma maioria de maus políticos pois, numa análise idealista e bastante utópica, por estas bandas,  partidos são - ou foram - uma espécie de corpo de pessoas unidas para promover o interesse nacional. Uma reunião de homens que professam a mesma doutrina política e a união de pessoas, da sociedade, a formação de grupos com ideais políticos semelhantes, organizados, que visam participar da vida política, dando forma e eficácia a um determinado poder, como conceituava Max Weber e outros tantos pensadores (utilizar os verbos na 3ª pessoa do plural do futuro do pretérito do indicativo). Exatamente, como não fazem os 'donos' dos 35 existentes no País, hoje, sendo este o principal motivo para que o povo brasileiro não se sinta representado por eles e exija até o cancelamento do registro de muitos, aliás, como prevê a lei. Radicalismo? Está em questão o direito de os partidos existirem? Com certeza, apenas uma análise realista do que vem acontecendo no Brasil onde os partidos, transformados em siglas de aluguel e de trocas, jogam no lixo seus estatutos e ideologias, perdem suas essências, deixando-se conduzir pelas tentações do poder e das conveniências pessoais em detrimento do desenvolvimento e progresso do povo. E a proposta para que os eleitores pressionem mais para a aprovação de uma reforma que redirecione a política para os interesses do bem comum, com ênfase em legendas programáticas e representativas.

PRA COMEÇAR A SEMANA

De delação em delação, até os gatos (angorás) têm de provar suas sete vidas.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

SUPREMO RENAN

Depois da vergonhosa votação da liminar contra a permanência de Renan Calheiros na presidência do Senado, o STF deixou claro que os ACÓRDÃOS começaram a dar voz e vez aos ACORDÕES pois ficou patente que, em nome de uma 'patriótica decisão' ( mais conhecida nos Três Poderes como submissão e jogo de interesses), a maioria dos ministros considerou que, dependendo do réu e, supostamente, o que está em jogo ( retirada da Lei de Abuso de Autoridade, por exemplo), UMA DECISÃO JUDICIAL DESCUMPRE-SE. E que a lei, muitas vezes, só vale e bate no Chico. A mudança repentina de tese, por parte de alguns ministros daquele Tribunal, também deixou claro que, para algumas AUTORIDADES ABUSADAS somos, mesmo, incapazes de fazer valer a vontade da maioria das ruas que, no caso do Cangaceiro de Alagoas, vem exigindo sua saída pelas muitas denúncias por muitos crimes praticados e, fosse o País sério, já estaria afastado há muito tempo. Dependendo da coragem - não de alguns do Supremo -, até pagando numa cela onde, por muito menos, ficam trancafiadas pessoas de menor potencial, como pobres, negros, jovens, de baixa escolaridade e, claro, sem nenhuma influência em qualquer instância.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

REINAN NO STF

Hoje, pela manhã, ainda acreditando na Justiça, principalmente, na chamada Suprema Corte, reiterei a influência que os movimentos das ruas estavam exercendo sobre os poderes da República. Só me esqueci que, no País, tem outros poderes com mais supremacia, ou seja, o econômico e o Executivo, este liderado por Temer, que acaba de mudar a decisão de ministros do STF que opinaram pela permanência de Renan Calheiros à frente da mesa diretora do Senado. Entretanto, esquecem-se os 'poderosos de o maior de todos, capaz de defenestrar qualquer um que se ache acima Dele, da lei dos homens e da vontade popular.

REPRESENTATIVIDADE EM QUISSAMÃ

Parece que não é lenda urbana, não, mas, depois de muitos anos, a atual presidência do Sindicato (pelego e, aparentemente, desonesto pra chuchu) dos Servidores Públicos de Quissamã (ao qual nunca 'doei' um tostão pois, profética e legalmente, pedia isenção por já contribuir com sindicato e conselho) caiu. Se deteriorou, se entregou. Foi pega pelo rabo. Vamos torcer para quem ou aquilo que vier a substituí-lo - seja a Justiça ou os novos, independentes (?) e  bem intencionados representantes, para que os cerca de 3 mil servidores públicos de Quissamã ( perdoem se o número não for bem este pela dificuldade de sintonia) tenham algo que os represente. De fato e de direito

COMEÇO DO FIM

Independente da saída ou não do senador Renan Calheiros ( hoje chamado de Réunan) e da chance do presidente Temer em convencê-lo a renunciar, a vitória das ruas no sentido de manifestar seu repúdio à corrupção, à boa parte de um Congresso viciado e pouco producente, tem sido muito expressiva. Hercúlea, mesmo, quase comparável a de Davi sobre Golias. Não que o povo não seja soberano e o mais forte, mas é que havia um corporativismo e uma oniciência tão grande, por parte de senadores e deputados que não entendem o poder efêmero e a força do voto que os faz entrar e sair, que o complexo de Vira-Latas predominava. Agora, essa coisa parece começar a mudar. Os três poderes, a merecer caixa baixa até que se regenerem pelos muitos erros cometidos, começam a se render e reverenciar seus verdadeiros 'chefes', 'patrões' ou qualquer outro nome que signifique a vontade de uma maioria que não aguenta mais tanta corrupção, tanta roubalheira e tanta diferença pels graves problemas enfrentados por ela. Se Lula pode ser preso a qualquer momento, Dilma sofreu o impeachment, com Temer podendo ser condenado e receber o mesmo tratamento, se Renan vai acatar a liminar do ministro do STF e ficar de fora da presidência do Senado e se Maia sair da linha de sucessão, isto se deve, primeiramente, pelo amadurecimento e coragem da população que resolveu 'colocar a cara na reta' e exigir aquilo que é seu, ou seja, o País e tudo que ele pode lhe devolver através da maior carga tributária do planeta não revertida, nem de longe, em serviços públicos de qualidade. Méritos, também, para boa parte da Justiça que, igualmente, passou a ocupar sua parcela de responsabilidade como Quarto Poder ( este em caixa alta pelo que vêm fazendo o juiz Sérgio Moro, o MPF e outros bravos idealistas e cumpridores com o dever), capaz de atender à demanda de milhões de brasileiros e brasileiras que querem, apenas, o que é seu e o fim de tanta indiferença, descalabro e ladroagem por parte das instituições.

EDUCAÇÃO REPROVADA

Mais um ano letivo, praticamente, chega ao fim e, nesta menor distância imaginável entre dois pontos distintos (também conhecida como reta), após as provas finais e a discussão coletiva onde são apontadas as dificuldades dos alunos, professores e instituições de ensino na busca por melhorias, o Conselho de Classe (COC), vem a tradicional pergunta: valeu a pena? Segundo o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), NÃO, pois acaba de revelar o panorama da Educação brasileira em uma conta que, aparentemente, não fecha. Pior: que a maioria dos alunos não sabe fazer cálculos simples nem entende o que lê. Para se ter ideia do péssimo caminho percorrido e dos muitos erros cometidos ao longo dos últimos anos - por tudo e todos os envolvidos, é bem verdade -, o Brasil continua ocupando uma das últimas posições quando refere-se à Ciências, Matemática e Leitura, disciplinas avaliadas pelo programa que testa alunos de 15 anos em 70 países e é considerado o mais importante do mundo. Em Ciências, que era o foco do estudo recém-divulgado, o país ficou em 63º lugar (estava em 59º em 2012, quando havia 65 países analisados), caindo de 405 para 401 pontos - apesar de não indicar uma mudança estatisticamente significativa - e ficando na frente apenas de Peru, Líbano, Tunísia, Macedônia, Kosovo, Argélia e República Dominicana. Em Leitura (texto/linguagem), o Brasil caiu de 55º para 59º, perdendo três pontos. Na terceira e última matéria avaliada, Matemática, o cenário é ainda mais duro: o país caiu 14 pontos e despencou da 58ª para a 65ª posição, sendo o último país da América Latina neste ranking. E não se pode dizer que é por falta de grana, pois tem havido até um pouco mais de investimento por aluno e outros países da região, inclusive, que investem a mesma quantia ou até menos do que o Brasil, tiveram resultados melhores em 2015. Mas o que fazer para parar de chorar pelo leite derramado e criticar somente as ações de governo, como as PEC's 55 e 241 que o PT e seus puxadinhos insistem em dizer que vão 'retirar dinheiro da Educação? Primeiro, é importante saber o que é Educação e pensar a realidade, não apenas com saudosismo, uma vez que os tempos são outros, as famílias agem diferente, a tecnologia avança a cada segundo e as perspectivas e os atrativos são bem menores. Depois, rever a progressão continuada cuja meta é aprovar e não ensinar, pouco importando se o aluno aprendeu. Finalmente (não necessariamente nesta ordem), valorizar o professor, tornando a carreira mais atraente, elevando os requisitos para alguém se tornar um docente e rever a maneira como as disciplinas são ensinadas e, até mesmo, o método de ensino Paulo Freire, certamente, tão ultrapassado quanto outras ideias esquerdopatas petistas e  como aqueles que sofrem de Síndrome de Pollyana e pensam um mundo melhor, uma educação melhor, uma pedagogia (equivocada) do amor, mas que só conseguem praticar corrupção, transformando em lixo aquilo que tocam. Aí, o resultado só poderia ser este: boletins cheios de vermelho.



REGABOFE NA ALERJ

A Alerj, mesmo com a grande crise que o Estado do Rio de Janeiro vem atravessando - talvez a maior de toda história - , com serviços públicos indo de mal a pior, sem falar nos salários atrasados, falta de perspectivas e, até, do décimo-terceiro (uma conquista dos trabalhadores), tem dado outros maus exemplos, já que das mordomias e supersalários de deputados, assessores e afins ninguém fala mais. Para se ter uma pequena ideia da falta de sensibilidade dos 'nobres parlamentares e agregados', pouco afeitos ao momento crucial pelo qual passa a população, o presidente da Casa, Jorge Picciani, dias atrás, abriu licitação para compra de medicamentos, contratação de ambulâncias, UTIs 24 horas, cursos de línguas (what?) e agendou 88 coqueteis de fim de ano para ele e seus 69 companheiros. Pelo visto, mesmo com tudo que vem acontecendo Brasil afora, ainda tem gente achando que o roubo de dinheiro público e o festival de desperdício e gastronômico vão continuar, assim como a capacidade que ela tem de manipular a vontade popular através das urnas.

FIM DO RÉUNAM

Ainda tem uns bobos por aí jurando de pés juntos que os movimentos de rua não influenciam na tomada de decisões, nem amedrontam mais a turma da boquinha, ou seja, a classe política acostumada a decidir o que era melhor pra ela (a turma da boquinha). A pressão popular tem crescido tanto - e com tanta eficiência - que, além de fortalecer a Justiça, cujo papel tem sido relevante para inibir a corrupção, devolver dinheiro público desviado e tirar de circulação criminosos de alta periculosidade, como os que estão presos em Curitiba, ainda provoca exoneração de ministros, impeachment de presidente da República e até a saída do presidente do Senado, como acaba de acontecer com Renan Calheiros cuja cabeça foi pedida, domingo, nas ruas de todo País e atendida no dia seguinte (eita eficiência!) pelo ministro do STF, Marco Aurélio Mello, apesar do impasse e do beicinho do Réunan que não quer sair do trono de jeito nenhum talvez com medo do pior. Como se vê, o tempo dos bobos da corte - e das boquinhas - em breve se tornará página virada de um tempo da carochinha que se Deus quiser não voltará.
                                         A Praia de Icaraí (Niterói) também aderiu à saída de Renan

DECÁLOGO DE ALERTA

Homens e mulheres da vida pública, da (vida) privada também, eis uma dica, inteiramente gratuita, principalmente, para quem vai começar a exercer mandatos (vereadores e prefeitos) a partir do dia 1°. Trata-se de 10 mandamentos para diminuir a corrupção, mal maior numa nação que não aguenta mais tanto desperdício, tanto desvio de dinheiro público, tanta cara de pau:
1- Não roubar;
2- Não surrupiar;
3-Não furtar;
4- Não despojar ;
5- Não mentir;
6- Não empregar por empregar;
7- Não desviar;
8- Não fraudar (concursos, licitações, etc);
9- Não praticar nepotismo;
10- Fazer cumprir os nove mandamentos acima.

ODEBRECHT

Demorou, mas 77 executivos do Grupo Odebrecht parece que vão 'abrir o bico', isto é, acabam de assinar acordos de delação premiada e contar o que sabem (será, madame Kissalah?) para os procuradores da Lava Jato? O próximo passo será o depoimento dos executivos (já em andamento) e a ideia é que todos os delatores sejam ouvidos em uma semana para dar celeridade ao processo de homologação, responsabilidade do ministro do STF, Teori Zavaski. Vamos aguardar pra ver se o 'velho' Emílio Odebrecht, presidente do Conselho Administrativo e dono da empreiteira vai colaborar direitinho na mesma linha de seu filho Marcelo que afirmou que a gerentona Dilma conhecia todos os esquemas na Petrobras e Lula sabia de tudo já que foi o responsável pelo nascimento do Petrolão. Aliás, do Mensalão e da podridão que ele e os companheiros transformaram o País.

POVO CONTINUA DIZENDO NÃO

Apesar da torcida daqueles que insistem em se posicionar contra o País- cada vez menor, por sinal- domingo (04) foi mais um daqueles dias pra entrar na história. Foi nele que milhares de pessoas, de norte a sul, disseram um rotundo NÃO ao Congresso Nacional (não se esquecendo das assembleias estaduais e câmaras municipais) pelo que a maioria de deputados e senadores vem fazendo quando trata-se de resguardar seus interesses, manter o corporativismo e defender aquilo que chamam de 'autonomia dos poderes'. Até madrugada a dentro. Como na semana passada, coincidentemente, no dia da queda do avião na Colômbia. É bom a turma de aproveitadores, enganadores e ladrões de dinheiro público mudar de estratégia pois, mais uma vez, os movimentos populares, auto-organizados e sem bandeira partidária, mostraram que não aceitarão mudanças no pacote de medidas de combate à corrupção propostas pelo MPF, tampouco, que ela - a turma de espertos e gatunos, lembra? - continue destruindo o país através do projeto criminoso e corrupto implantado por partidos que, como se vê, não querem que a Justiça os defenda como é sua obrigação. Tanto quanto deveria ser dos que foram eleitos para fazer o mesmo.

PIRATARIA AÉREA

Impossível, em se tratando de seres humanos normais, alguém dizer que não se emocionou com o fato maior da semana passada envolvendo a delegação da Chapecoense (SC) e outros profissionais que morreram a caminho de Meddelín, na Colômbia. Mas, agora, passada a tragedia, na verdade, um assassinato em massa, é preciso que as autoridades cobrem - e punam com exemplar rigor - explicações detalhadas e convincentes de todos os envolvidos (fabricante da aeronave , no caso inglesa, a companhia fretada, a LaMia, a qual parece que permitia as 'aventuras' do comandante, aqueles (ir)responsáveis técnicos (fiscais do plano de voo, controle do tráfego aéreo, etc) e, apesar da grande dor, até dos diretores da Chape que teriam contratado o serviço de avião pirata por ser mais barato. Que Deus ampare e conforte as 71 famílias, claro, mas que todos cumpram o seu dever para que não se tenha mais casos de pura negligência e soma de tantos erros, com gananciosos, aventureiros e levianos causando comoções mundiais como foi a do voo 2933.

domingo, 4 de dezembro de 2016

PRA COMEÇAR A SEMANA

Quem planta vento, colhe tempestade. (que o diga a 'companheirinha' Dilma, do PT)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

LEADER S/A

Muito contrariado, dia destes me dirigi à Leader para pagar um boleto. Sim, pois aquela loja, além do discutível padrão e preços dos produtos, do atendimento, geralmente, feito por funcionários indiferentes e muito mal informados (para não dizer mal intencionados, pois se bobear eles até parcelam a compra com juros), agora deu pra ter 'como norma' não aceitar cheques. Nem do próprio. Sob a alegação de que estão 'cumprindo determinação dos novos donos' - os quais, só ouviram falar que são os mesmos da Casa &Vídeo - me fizeram 'rasgar' uma ordem de pagamento à vista de fundos na conta do emissor, a qual ainda é válida em todo o território nacional e pela qual pagamos para ter o direito de pagar por alguma transação. Deve ser por estas e outras que a referida loja anda entregue às moscas, sem uma viva alma a percorrer seus vazios corredores.