Os resultados das eleições municipais deste ano confirmaram que, além de não
suportar mais a roubalheira dos políticos que ainda envergonham o Congresso - e
que não são poucos - não dá pra continuarem com o paternalismo de obrigar os
eleitores aptos a participar de um processo democrático igualmente paternalista
em vários aspectos. De dois em dois anos, num domingo, pelo menos, uma vez no
caso de turno único. Com todos os avanços alcançados, através das muitas
informações oriundas das redes sociais e da mídia tradicional, nos últimos anos,
não se justifica, hoje, forçar alguém sair de casa para votar ou justificar algo
que não quer ou acredita. Nem sob a alegação de se precisar obter uma maioria em
torno de nomes, mesmo porque as abstenções, os votos nulos e brancos têm sido a
maioria em muitos lugares Brasil afora, o que, por si só, mostra o desejo por
uma reforma política que inclua o voto facultativo. Assim, que as autoridades
avancem, também, permitindo que as pessoas votem quando é como quiserem.