sábado, 12 de novembro de 2016

DETRAN OLÍMPICO

Se houvesse uma olimpíada dos piores serviços públicos, prestados pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, o Detran, certamente, ganharia várias medalhas de prata. Só ficaria atrás da Saúde, da Educação, dos Transportes e da Segurança, estes detentores de todas as de ouro. Pelo menos por enquanto. Para se ter ideia da morosidade do sistema, da indiferença de muitos atendentes (parecendo estar em curso a velha operação tartaruga) e de uma injustificável burocracia que nos faz, por exemplo, ficar numa fila gigantesca, novamente, para mostrar que cumpriu uma simples exigência de lâmpada queimada - como aconteceu comigo -  e, depois, em outra, para verificar a documentação, de novo, basta se dirigir a um de seus postos para constatar o quanto é difícil e penoso fazer com que seu veículo 'ande na linha'. Não foi à toa que presenciei, dia destes, um cliente/contribuinte/usuário/motorista (ou freguês?) no posto do Fonseca, em Niterói, quase surtar. Depois de muito tempo de espera (segundo suas próprias palavras), com a senha na mão, ele, muito irritado, retirou o celular do bolso, começou a gravar cenas dos vários guichês cheios, sem ninguém para atender as dezenas de pessoas que esperavam ser chamadas e, quase aos berros, dizia que 'éramos todos palhaços e que as colocaria no You Tube para que todos vissem aquela situação imposta por um departamento' - como todos os outros públicos - 'pagos e mantidos com nosso dinheiro'.