quarta-feira, 23 de novembro de 2016

ANTES TARDE DO QUE NUNCA

Ou 'A justiça tarda, mas não falha', 'Aqui se faz, aqui se paga', 'Quem com ferro fere, com ferro será ferido', 'Pau que dá em Chico...' e tantos outros velhos ditados caberiam neste importante momento histórico (aliás, novíssimo) pelo qual estamos passando. Os últimos acontecimentos envolvendo políticos e empresários (corruptos e corruptores), descobertos com a  mão na massa, com a boca na botija - roubando, para ser mais preciso ou matando milhões de brasileiros de fome, sem dinheiro para comprar remédios, nos assaltos, nas muitas balas achadas, nos leitos dos hospitais e, até, de raiva pela taxa de juros praticada e pelo salário que recebem (quando recebem) para ser mais preciso ainda - e algumas da prisões determinadas por juízes e promotores, quase uns heróis nacionais, mostram que o País está, mesmo, começando a ser passado a limpo. Como todo processo de mudança, principalmente, mais radical como a sociedade está a exigir e, há muito, precisávamos, engloba uma série de fatores. No caso em epígrafe, 'demorô, mano'!, diria um paulista, mas nunca é tarde para alguém se  arrepender, tomar ou mostrar o caminho certo, se bem que em se tratando da maioria dos políticos, do corporativismo praticado por eles, da imunidade, da impunidade, do poder que têm - devidamente, acobertados por leis ultrapassadas -, ainda estamos muito longe de manter estes patifes, desonestos, praticantes do lesa-pátria, desqualificados, ignobeis, deslumbrados (estes da categoria das esposas de Cunha, Cabral, etc), canalhas, desumanos e corruptos - bem como a camarilha que os acompanha nas safadezas -  condenados à penas de prisão perpétua. Ou algo mais rigoroso, dependendo do crime e do tamanho do mal. Claro, sem nenhum tipo de vantagem e chance, a exemplo do que fizeram durante o tempo que exerceram seus mandatos, não permitindo que seus súditos, vassalos, suseranos, enfim, os otários como nós, tivessem qualquer oportunidade de levar uma vida mais digna, tendo um emprego duradouro, uma economia voltada à estabilidade econômica de um passado recente, acesso à educação em sua plenitude, instituições bancárias com alguma viabilidade para quem só deseja subir uns degraus (reforma da casa, pequena viagem para cidade de origem, aparelhos mais modernos, etc), o direito a uma vida melhor, inclusive, o direito de viver. Utopia? Sonho? Algum tipo de transtorno? Não, apenas acreditar que a esperança é a última que morre.