segunda-feira, 17 de outubro de 2016

POLUIÇÃO SONORA

Tem campanhas políticas que usam e abusam de mentiras e baixarias o tempo todo. Não bastando a presidencial norteamericana, entre Hillary Clinton e Donald Trump,  - que têm se acusado, mutuamente, e usado, de forma exagerada, aspectos de suas vidas particulares - a do segundo turno, para prefeito de Niterói, por exemplo, extrapolou - e muito - o nível do tolerável. O uso de carros de som para a divulgação de delações, ilações e fatos não comprovados, além de sugerir possíveis envolvimentos e, até mesmo, condenações de um e de outro candidato, tem sido a tônica de uma campanha marcada, não pela realização de projetos, cumprimento de promessas ou propostas futuras e, sim, por agressões verbais que a população parece ter virado as costas, haja vista o expressivo número de abstenções, votos brancos e nulos. Em Niterói e em todo país. Isto tem ficado muito mais evidente na de Felipe Peixoto PSB), ao se utilizar de supostas ligações entre seu adversário, Rodrigo Neves (PV) e um ex-diretor da Petrobras, preso na Operação Lava Jato, as quais não foram confirmadas, em momento algum, pela Justiça e só tem servido para alimentar a rede de boatarias visando a interromper a excelente performance do candidato à reeleição, que por pouco não se saiu vitorioso logo no primeiro turno. Quanto aos responsáveis pela campanha do prefeito de Niterói, o caminho percorrido vai na direção dos meses em que Felipe esteve à frente da Secretaria de Estado de Saúde onde outras tantas delações, ilações e fatos ainda não comprovados (superfaturamento na aquisição e perda de medicamentos) tentam confundir e atrapalhar, ainda mais, um processo já tão conturbado, principalmente, para o eleitor indeciso, desanimado e com os ouvidos cheios de tantos decibéis acima do limite.