quarta-feira, 14 de setembro de 2016

QUANDO O POVO QUER

Em tempos de eleições, nada como relembrar o velho ditado: "Quando o povo quer, ninguém segura". Pra quem acreditava que os protestos, iniciados em 2013 (também conhecidos como Manifestações dos 20 Centavos, que foram várias manifestações populares inicialmente surgidas para contestar os aumentos nas tarifas de transporte público, nas principais capitais, consideradas as maiores mobilizações desde as do impeachment de Collor de Mello em 1992 e chegaram a contar com até 84% de simpatia da população), em todo país  - e, até, fora -, logo esfriariam e o poder pelo poder, a prática corporativista dos políticos, os malfeitos na administração pública e a corrupção continuariam prevalecendo, os resultados hoje estão aí: como reza a Constituição (apesar da lambança do ex-presidente do STF, Ricardo Lewandowski, que deu um 'jeitinho' para Dilma não perder os direitos políticos, e do esperneio de alguns gatos pingados do PT e/ou PC do B), os chefes do Executivo e da Câmara federais sofreram o impeachment, conseguindo aplacar parte da insatisfação popular. Sim, isto foi apenas o início, apenas uma parte, pois muito tem de ser feito no sentido de extirpar da vida pública políticos mal-intencionados e colocar, atrás  das grades, ladrões cujo interesse maior vai, exatamente, na contra-mão dos que foram - e ainda irão - para as ruas manifestar sua contrariedade. Mas para isto, as manifestações populares e a vigília permanentes da imprensa e dos formadores de opinião devem continuar, bem como a pressão sobre  a classe política, fiéis representantes do povo que vêm dando provas de temer ( sem trocadilho) a voz das ruas por entenderem tanto seus direitos legítimos como a força que têm através da maior arma de todas: o voto, o escrutínio, o sufrágio, que embora muitas vezes utilizados como sinônimos, possuem significados diferentes, mas que, tal qual os protestos de rua, podem ser utilizados por todos nós, indistintamente e com o mesmo valor.