quarta-feira, 13 de julho de 2016

QUEM TEM CUNHA, TEM MEDO

O Brasil está bem próximo de ver definidas questões relacionadas à política, à justiça e ao momento importante que  atravessamos no sentido de limpeza ética, moral e da retomada para se superar uma das mais sérias crises vividas por brasileiros e brasileiras, a começar pelos 5.570 municípios que tentam enfrentar o rescaldo provocado pela corrupção desenfreada, estimulada pelo projeto criminoso de poder implantado pelo PT e a (ex) base aliada. A cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha, o impeachment definitivo da presidente Dilma Rousseff e, por último, as eleições municipais que vão apontar quem serão os representantes no Executivo ( prefeito) e no Legislativo (vereadores), são o tripé emblemático para se passar o Brasil a limpo e formam uma espécie de trinômio para que haja perspectiva por dias melhores. A situação do ex-presidente da Câmara Federal, afastado pelo STF e cujo mandato ainda está sendo defendido por ele e o destemido advogado no Conselho de Ética, com unhas e dentes e todas as vênias possíveis, parece que é irreversível, ou seja, a pressão das ruas continua grande a clamar pela saída e, consequentemente, devolução do dinheiro desviado ou, até, dos malditos trustees que tanto eles alegam serem os 'verdadeiros donos' de sua fortuna e da mulher gastadeira e gastadora. Sendo assim, Cunha, além dos muitos segredos ainda não revelados, causando um pavor muito grande - aliás, quem tem cunha tem medo -, parece que só fez ganhar tempo até agora (e mais uns bons milhares de reais em salários na conta legal que tem aqui) e a rua e, possivelmente, o caminho de Curitiba, poderão ser os destinos finais caso a Justiça esteja sendo praticada à vera. Quanto à quase ex-presidente Dilma, continuar perdendo peso, a dar pedaladas diárias - estas numa bicicleta de verdade, tão verdadeiras quanto as manobras irregulares usadas para melhorar artificialmente as contas públicas, contraindo empréstimos de bancos públicos para pagar programas sociais, o que é ilegal - torcer contra o governo Temer e, claro, conceder entrevistas para falar de injustiças e golpes, deverão continuar fazendo parte de sua rotina no exílio imposto pela maioria da população à Comissão Especial do Impeachment e ao plenário do Senado que deve ratificá-lo no fim de agosto. Finalmente, no dia dois de outubro, numa eleição considerada por especialistas como atípica, difícil, marcada por mudanças impostas pela minirreforma eleitoral com prazos apertados e muitas peculiaridades, onde o diferencial será o conhecimento da legislação, a população, mais uma vez, terá oportunidade de usar o indicador - para baixo, para cima ou não usá-lo, os últimos não recomendáveis por questões de respeito e de não contribuir para o aperfeiçoamento institucional - escolhendo dentre as opções que começam a despontar no cenário, no espectro de candidatos aptos, na acepção própria (alguns nem tanto assim, mas c'est la vie...) a realizar (ou continuar realizando) o que for possível para melhorar a vida dos cidadãos, hoje, tarefa das mais difíceis já que os municípios enfrentam uma crise sem precedentes mas que pode ser superada, sempre, por pessoas capazes, experientes e que saibam usar a verdade, sem maquiagens, sem querer impor um 2 + 2 cujo resultado não seja 4. Sem rodeios, sem querer passar que vivemos um Maravilhoso Mundo de Bob ou numa cidade parecida com a do Mágico de Oz, mesmo que nela existam Espantalho, Homem de Lata, Leão Covarde e Bruxas.