domingo, 12 de junho de 2016

HERÓIS NACIONAIS

Alguns países, quando estão passando por dificuldades, crises e até ameaças, fazem surgir a figura de heróis. Foi assim nos EUA, com Super-Homem, Capitão América e Quarteto Fantástico, na Inglaterra, com Sherlock Holmes e James Bond, no Japão, com Nacional Kid, Ultraman e tantos outros. Até o México criou o Chapolin Colorado, este mais pra paródia, tal qual foi o Jeca Tatu e outros personagens que visavam mostrar a realidade brasileira. Nos últimos tempos, provocados pela corrupção e outras grandes mazelas surgidas, principalmente, desde que o Partido dos Trabalhadores (PT) criou e assumiu o maior projeto criminoso de poder, eis que surgem o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa e o juiz federal, Sérgio Moro como paladinos da Justiça, aqueles que podem - e até conseguiram, de certa maneira - mostrar e diminuir a roubalheira e vergonheira institucionalizadas nos poderes Executivo e Legislativo. Por outro lado, sempre aparecem os vilões, os anti-heróis, tal qual nas telas de cinema e, sob esta ótica, é preciso ficar de olho neles. Agora, por exemplo, no cenário nacional, tem uma autoridade tentando passar a imagem de uma figura arquetípica que reúne em si os atributos necessários para superar de forma excepcional um determinado problema de dimensão épica, tal qual um herói. Trata-se de Rodrigo Janot, Procurador-Geral da República, que, ao pedir a prisão de Renan Calheiros, Presidente do Congresso Nacional, pode estar participando - não se sabe em que plano e área da mente - de uma grande armação para a queda do impeachment de Dilma em um Senado conduzido pelo vice, no caso, o petista Jorge Viana. Se isto acontecer, configurar-se-á em mais um crime praticado por políticos do Partido Bolivariano Brasileiro(PBB) - fica a ideia, gratuita, de uma nova sigla pros petralhas quando o PT for sepultado de vez -, supostamente, acobertado pela 'justiça' através de um membro do mais alto posto do Ministério Público Federal que tem nas mãos a oportunidade de ser um herói, como tantos, de carne e osso, fora do imaginário do cinema, ou vilão, como Falstaff, de Shakespeare, Fausto, de Goethe, Dom Quixote, de Cervantes ou Judas, da Bíblia.