quarta-feira, 22 de junho de 2016

ALIANÇAS POLÍTICAS

Com as eleições municipais chegando, muito se ouve falar das tais alianças entre os partidos, para compor suas bases e para criar força na disputa. E, claro, para ter mais espaço na mídia, obter mais recursos, etc. Para muita gente, entender como funcionam pode significar algo realmente, importante, que pode mudar tudo em relação à forma como se enxerga a política. Entretanto, tem um grande número de eleitores que não aceita determinados 'acordos' por não considerá-los, por exemplo, 'éticos, morais, ou até mesmo legais'. Em muitos casos, isto até se aplica, pois os interesses políticos e ideológicos ficam de lado quando se faz uma destas e, por este motivo, é comum verificar alianças entre partidos com orientações totalmente diversas, o que confunde demais o eleitor. Com a aproximação das convenções partidárias (de 20 de julho a 5 de agosto), o registro de candidatos (devem ser apresentados pelos partidos políticos e coligações ao respectivo cartório eleitoral até às 19h do dia 15 de agosto), propaganda eleitoral (reduzida de 90 para 45 dias, começando em 16 de agosto), comício e sonorização (a partir do 16 de agosto, quando começa a propaganda eleitoral os candidatos, os partidos ou as coligações podem fazer funcionar, das 8 às 22 horas, alto-falantes ou amplificadores de som, nas suas sedes ou em veículos) e outras regras, previstas no calendário do TSE, anteriores ao pleito - que acontece em dois de outubro -, as alianças começam a se desenhar, assim como as discussões sobre o tema ficarem mais aquecidas em virtude disto. E os nervos, mais a flor da pele, com exageros acontecendo de todos os lados, vindos de todas as direções, bem como no interior das próprias composições políticas onde, muitas vezes, as reuniões lembram a casa onde falta pão: todo mundo briga e ninguém tem razão. Também não se pode esquecer das redes sociais, cujas ferramentas como whatsapp e snapchat, junto com outras já consagradas, como facebook e twitter, desempenham papel fundamental para construção de uma imagem, inclusive das alianças feitas, não admitindo-se, mais, desprezá-las, momento em que as assessorias digitais mostram sua força. Mas, o que é uma aliança política? Em tese, nada mais é do que um pacto entre duas ou mais partes que objetivam a realização de ideias comuns. Esta definição diz muito do que uma aliança política pode representar, ao menos inicialmente, para o cenário político nacional ou regional, já que no Brasil, normalmente, essas ideias nada mais são do que atingir o poder. E é aí que a tese pode se tornar uma espécie de antítese, fazendo a trajetória de uma disputa eleitoral tomar um outro rumo, rasgando-se todos os prognósticos e o impossível se tornar possível, com grupos considerados arqui-inimigos fechando alianças, enfim, confirmando-se a célebre frase de Maquiavel de que na política, os aliados de hoje são os adversários de amanhã. E vice-versa, para regozijo e beneplácito daqueles que estão para realizar uma destas alianças outrora inimagináveis. Portanto, sempre existirão - por cima ou por baixo dos panos -, sempre influenciarão no resultado do pleito já que, dependendo do tamanho, poderá significar a vitória de um e a derrota de outro e, dependendo da efetividade, serão salutares durante os vários processos, inclusive quando do início (ou reinício) de um governo onde os artífices, membros mesmo, do 'pacto', ajudarão a administrar, legislar, gerir os recursos do município.