domingo, 24 de abril de 2016

OBRIGAÇÃO EM 1° LUGAR

De volta ao país, depois da troca de experiências e da meteórica passagem pelo Velho Mundo, poderia relatar, por exemplo, a forte energia advinda do Freud Museum, em Londres, onde respira-se psicanálise, psicoterapia, respira-se Freud, por ter sido sua última morada, logo que deixou a Áustria, sua terra natal, que também sofreu - e muito -  as agruras da Segunda Guerra e as barbáries do nazismo de Hitler e ainda mostra, intacto, todo o mobiliário, inclusive, o acervo bibliográfico, o famoso divã, sobre o qual se deitavam seus pacientes no início da terapia, a coleção de antiguidades que possuía, os óculos, cujas lentes 'percebiam' as possíveis causas de distúrbios neuróticos e o local onde, durante um  ano, pode aplicar métodos de tratamento, a investigação do psiquismo e seu funcionamento, enfim, analisar o homem, compreendido enquanto sujeito do inconsciente. Poderia falar, também, da emoção de percorrer as lusas terras de meus avós, Conselhos da Póvoa de Varzim e Matosinhos, no Porto, atrás de documentos para facilitar a obtenção da cidadania e, claro, conhecer um pouco da trajetória percorrida por eles até o embarque para o Brasil onde dar-se-ia, cerca de duas décadas após, nosso 'descobrimento". Ou nosso 'surgimento'. Mas voltando para a realidade, aquela que nos faz descobrir, surgir e, principalmente, sobreviver, somos quase que compelidos a repetir aquilo que vimos fazendo há, pelo menos, 10 anos, ou seja, maltratar - sem a piedade que o momento impõe -  os governos petistas cujos líderes principais, Lula da Silva e Dilma Rousseff, pouco fizeram além de serem perdulários, roubar, enganar, iludir e viciar a população. Somente a obrigação de mostrar todos os fatos relativos à corrupção implantada e/ou potencializada pelo PT, com a grande crise (diferente do golpe tão propalado por quem se encontra encurralado e sem argumentos) causada, pode nos fazer deixar, de lado, relatar emoções como as de vivenciar, mesmo que por pouquíssimo tempo, como agora, lugares onde a cultura, a moral, a dignidade, a qualidade de vida e a vergonha na cara são artigos de primeira necessidade e exercitados todos os dias  por quem é, de fato e de direito, o dono do mundo: a população, que aprendeu a votar e está a exigir seus direitos (há séculos, é bem verdade). Como parece começar a acontecer conosco que, se ainda não nos sentimos 'donos do mundo', estamos aprendendo a manifestar, inclusive, desejos por mudança. Seja através do Congresso Nacional, votando em nome de quem o constituiu ( sem essa de evocar religiões, a família, nem a mãezinha), seja pela mídia, pelas redes sociais, quer seja pelos movimentos de rua tão imprescindíveis agora e sempre.