terça-feira, 8 de março de 2016

A VOZ DAS RUAS

Um bom método para se entender os mais diversos crimes e as sandices de uma presidente e do ex, bem como as formas de usurpação praticadas por um partido político, poderia ser nos reportar a grandes pensadores, pois a maioria tem a capacidade de cultivar a arte de cruzar os fios do discurso do outro a fim de tecer a trama de suas conexões. Como o alemão Heidegger, quando trata do 'ente privilegiado que se propõe a perguntar sobre o sentido do ser, não revelando o sentido e sim o nada da existência' (apesar de, no caso de Lula e Dilma, a coisa parecer descambar mais para a aporia, o famoso beco sem saída, e no do governo petista e seus aliados, a existência do tudo pelo poder valendo à pena). Mas como, infelizmente, o acesso das massas a este 'mundo' ainda é limitadíssimo, o melhor, mesmo, é ficarmos atentos às operações da Justiça - use ou não de coerção, com ou sem algemas, seja criticada ou não pela presidente e o ex - como a Lava Jato, elemento, até agora, dos mais eficientes e, até, hermenêuticos quando trata-se de revelar a mais autêntica e covarde ligação de grupos políticos com o submundo. E, claro, analisarmos tudo que vem acontecendo no país que vive uma de suas maiores crises políticas, econômicas e institucionais (a despeito do que defendem alguns), com desemprego e inflação em alta, pedidos de impeachment, frituras, decisões destoantes e divergentes no STF, além dos desencontros no Congresso Nacional com suas CPIs, delações, suspeitas, agressões, descasos, ironias, discursos pra plateia e tantas outras provas incontestes de que aquela é, sim, uma casa-da-mãe-joana e, a continuar com ações pueris, dissimuladas e beirando ao patológico, continuarão cutucando as onças de tudo que é jeito. O Brasil vive um inferno astral, provocado pelas perversas escaladas de se perpetuar no poder, e o resultado tem sido a corrupção, o caos, nunca dantes vistos na história deste país. Embora a Filosofia e a Justiça determinem a base da cidadania, fazer escolhas apropriadas e participar de movimentos populares, naturais, apolíticos e que visem, exclusivamente, exigir respeito e cumprimento às leis, incluidos, aí, prisões e restituição do dinheiro roubado, ainda é um remédio eficaz para combater tanto mal. Por tudo isto, há obrigação pelos manifestos, - mesmo porque deve-se solidariedade aos que defendem um país justo - como o do próximo domingo (13), pois o Brasil precisa ouvir a voz das ruas e mostrar ao mundo que deseja a derrota dos inimigos da Pátria. Sejam quem forem. Estejam onde estiverem. Afinal, o Brasil é forte e não tem de continuar vermelho. De vergonha.