quinta-feira, 1 de outubro de 2015

DOIS DÍGITOS

Com o reajuste dos combustíveis, o que já estava ruim piorou de vez. O governo, finalmente, conseguirá atingir a marca histórica (desde 2002) de dois dígitos, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) prevendo uma inflação acima dos 10%, reflexo da alta do dólar que, inevitavelmente, vem sendo repassado para os preços, no final, pago por todos os brasileiros. Produto, também, da velha ciranda, da velha equação que teve início na corrupção promovida pelo governo do Partido dos Trabalhadores - perdulário e ladrão - que superfatura, gasta com o que não precisa, abriga os seus (a tal da coalizão e da farta distribuição de cargos), enfim, mete a mão no dinheiro público, sem dó, piedade, nem medo da Justiça (certeza da impunidade) e, depois, libera geral, aumentando impostos, criando novos e permitindo os repasses, trazendo mais sofrimento à população, ao trabalhador, que sempre pagam o pato e a conta de tamanha desorganização e desrespeito, isso tudo chancelado por boa ( boa?) parte de um Congresso Nacional que, além de não fiscalizar como deveria, ainda cria e mantém leis para proteger corruptos e arrebentar de vez com o trabalhador, diminuindo seus direitos e o poder de viver com dignidade . E pensar que, um dia, o PT e outros dos atuais aliados, como o PC do B, por exemplo, ousaram dizer que estavam lá para 'defender o trabalhador, acabar com a corrupção e punir ladrões'. Nunca na história republicana do país se enganou tanto, se mentiu, descaradamente, dizendo uma coisa e fazendo outra - como as promessas das últimas quatro campanhas -,se teve tantos agentes políticos de ponta envolvidos com crimes de desvio de dinheiro público, contas no exterior, fazendo negociatas, abocanhando ministérios com tanta desfaçatez e um quadro tão desolador como o atual, onde o governo não consegue aumentar seus índices de popularidade de jeito nenhum. Só a inflação e a corrupção. Depois falam em golpe da imprensa e não gostam quando a oposição sugere impeachment ou renúncia e o povo vai pra rua se manifestar.