Com o governo navegando em uma nau sem rumo, fazendo água por todos os
lados, e a popularidade no mesmo sentido (maior reprovação da série
histórica atingindo 71%), a presidente Dilma Rousseff tenta se salvar a
todo custo do que parece o iminente naufrágio dos dois. Mesmo se
esforçando para disfarçar a peculiar arrogância e a pouquíssima falta de
conhecimento ao tratar de assuntos importantes, ela começou a querer
dar braçadas no sentido de recompor a base aliada, o que parece ser
tarefa muito difícil pois a debandada já começou, notadamente, com a
saída do PDT e do PTB. Com a crise institucional instaurada entre o
Executivo e boa parte do Legislativo - sem falar no Judiciário que vem
colocando atrás das grades vários de seus 'guerreiros' - e a economia
pra lá de estagnada, sem falar nos movimentos populares a gritar
palavras de ordem que incluem, até, renúncia e impeachment, Dilma se
encontra num navio prestes a afundar levando o sonho de milhões de
brasileiros que, um dia, acreditaram no projeto de poder voltado para a
diminuição das desigualdades sociais mas que, ao contrário, enganou,
mentiu, desviou, corrompeu, se aproveitou, pior, roubou não só as
esperanças mas, tal como os antigos piratas, pilhou o dinheiro dos
brasileiros para paraísos fiscais e só Deus sabe para onde. Resta a
Dilma, no abraço dos afogados e tal qual uma chefe de corsários, dar
moral ao seu provedor-mor Levi, dizer que vai diminuir ministérios para
reduzir gastos públicos, fingir que o vice Temer tem prerrogativas para
conter a fúria do PMDB e outras mentiras que ninguém acredita mais.