quinta-feira, 6 de agosto de 2015

SEM CALMARIA

Com o governo navegando em uma nau sem rumo, fazendo água por todos os lados, e a popularidade no mesmo sentido (maior reprovação da série histórica atingindo 71%), a presidente Dilma Rousseff tenta se salvar a todo custo do que parece o iminente naufrágio dos dois. Mesmo se esforçando para disfarçar a peculiar arrogância e a pouquíssima falta de conhecimento ao tratar de assuntos importantes, ela começou a querer dar braçadas no sentido de recompor a base aliada, o que parece ser tarefa muito difícil pois a debandada já começou, notadamente, com a saída do PDT e do PTB. Com a crise institucional instaurada entre o Executivo e boa parte do Legislativo - sem falar no Judiciário que vem colocando atrás das grades vários de seus  'guerreiros' - e a economia pra lá de estagnada, sem falar nos movimentos populares a gritar palavras de ordem que incluem, até, renúncia e impeachment, Dilma se encontra num navio prestes a afundar levando o sonho de milhões de brasileiros que, um dia, acreditaram no projeto de poder voltado para a diminuição das desigualdades sociais mas que, ao contrário, enganou, mentiu, desviou, corrompeu, se aproveitou, pior, roubou não só as esperanças mas, tal como os antigos piratas, pilhou o dinheiro dos brasileiros para paraísos fiscais e só Deus sabe para onde. Resta a Dilma, no abraço dos afogados e tal qual uma chefe de corsários, dar moral ao seu provedor-mor Levi, dizer que vai diminuir ministérios para reduzir gastos públicos, fingir que o vice Temer tem prerrogativas para conter a fúria do PMDB e outras mentiras que ninguém acredita mais.