Partidos
políticos que têm como símbolo uma estrela vermelha, normalmente, são
desfavoráveis aos bancos. Porém, não é bem assim que funciona no Brasil,
onde essas instituições são exceções lucrativas. Quando o PT assumiu o
poder, em 2003, o discurso era de mudança na
vida dos mais pobres, que foram explorados por anos para o
enriquecimento dos bancos e dos mais ricos. No entanto, os ganhos do
setor bancário seguem crescendo nos governos
petistas, mesmo com a economia estagnada e o setor industrial sofrendo
com a queda no preço das commodities. Os lucros anuais dos quatro
maiores bancos brasileiros cresceram mais de 850% durante os 12 anos de
governo do PT, saindo de R$ 7,3 bilhões para R$ 70 bilhões. Os
ganhos bancários representam mais da metade do total obtido pelas
empresas brasileiras na bolsa de valores de São Paulo, em 2013 e 2014,
de acordo com a consultoria Economatica. O lucro dos bancos nunca passou
de um quarto do total antes da gestão petista. Os dois gigantes
privados do setor, Itaú e Bradesco, têm normalmente
cerca de 20% de retorno sobre capital próprio, um índice que mede quanto
dinheiro cada dólar investido traz. Os grandes bancos dos Estados
Unidos trabalham com metade desse valor. Alguns programas de governo e a situação econômica favorecem essas
empresas. Uma dessas medidas governamentais é uma taxa de juros que
traria calafrios aos povos de outros países. No mercado de crédito
livre, onde não há subsídio do governo, os juros têm média de 58,6% para
pessoas físicas e 27,5% para empresas.