terça-feira, 13 de janeiro de 2015

ELLE EST DILMÁ

A senadora Marta Suplicy acertou em cheio quando disse que ou o PT muda ou acaba. Apesar de levar muito tempo para admitir algo tão óbvio, o fogo amigo, certamente, vai deixar ainda mais claro que não foi à toa que Dilma ganhou com a minoria dos votos se levarmos em conta os nulos e as abstenções. A mudança deve começar pelo Congresso Nacional, cuja função maior deverá, a partir de primeiro de fevereiro, mostrar independência ( 51 % já tá bom) e que está disposto a não permitir os excessos praticados pelo governo, a corrupção desenfreada e, principalmente, as mentiras de uma presidente que diz, por exemplo, que não vai mexer nos direitos dos trabalhadores 'nem que a vaca tussa', e mexe; que vai atacar a corrupção e não tira ninguém da Petrobras; ataca os bancos e coloca um de seus maiores representantes como ministro da Fazenda; tornará o Brasil uma Pátria Educadora e quer retirar 31 % da Educação e, pasmem, fecha os olhos para o terrorismo talvez por causa de sua ideologia de perseguir a imprensa e continuar amiga de companheiros amantes da ditadura. Senadores e deputados - num plano apartidário e por um país mais justo - devem tomar as rédeas de um cavalo que, cego, vem atropelando a tudo e a todos com o único propósito de cumprir um plano de permanecer no poder por muito tempo. Algo que, a meu ver, começou a fracassar quando o PSDB de Aécio, FHC e tantos outros, chamados de neoliberais por petistas e 'comunistas' que, hoje, nem de longe, defendem ideais partidários, saiu das urnas com 50 milhões de votos. Acho que nenhuma estrategia será sufiente para impedir a derrocada de um partido que parece chegar ao fim. De uma forma ou de outra.