Depois de tomar conhecimento que Miami foi a cidade que deu maior votação ao candidato do PSDB Aécio Neves fora do país (Aécio obteve 91, 79% da preferência do eleitorado, contra 8,21% da
presidente Dilma Rousseff), reforcei a tese que o Brasil do PT continua não valorizando boa parte de sua gente e os EUA a ser um dos melhores caminhos para se trocar trabalho por dinheiro. Anos atrás - na verdade, muitos anos atrás (1989) - fiz o mesmo percurso, ou seja, "tentei tentar'' a vida naquele lugar mas a latinidade, a brasilidade, não deixou. Claro, a família em primeiro lugar. Passado todo esse tempo, ao contrário do que muitos pensam, principalmente, reacionários petistas de carteirinha ( como sugere o resultado da apuração em Miami), os brasileiros que vão morar e trabalhar em Miami não são pessoas
‘de posse’. Na maioria das
vezes, por falta de oportunidades reais, se vai para fora ralar e conseguir
juntar dinheiro com o objetivo de voltar para sua terra e os seus. As condições,
mesmo nem sempre tão boas, são melhores e trabalho não falta. Diferente do
Brasil, onde se criou a cultura do emprego, disponível para que tem QI, e ainda se protege o regime da escravidão. Ou quase. Quanto a votação de Aécio, mostra que os brasileiros querem no poder quem
crie a possibilidade de os brasileiros trabalharem e serem
valorizados/reconhecidos em seu país. E, quem sabe, poderem voltar quando se mudar a perversa cultura da exploração e da falta de meritocracia.