sexta-feira, 30 de maio de 2014

JUNHO NEGRO

A não ser que haja caroço por baixo do angu, aliás, muito caroço, pois não devem ser poucas as intimidações vindas dos vários bueiros, a saída do ministro Joaquim Barbosa, do STF, em junho, só pode ser ser chamada de melancólica. Para quem protagonizou grandes embates no plenário do Tribunal e conseguiu fazer avançar o julgamento do Mensalão, por exemplo, se aposentar, agora, aos 59 anos, é aquilo que se pode chamar de fato extremamente inusitado. No mínimo, obscuro e que requer (exige, pode-se dizer) mais explicações de sua parte. Afinal, nos meses em que esteve à frente do STF, Joaquim Barbosa - apesar do modelo às vezes pouco convencional, para uns, e com arroubos histriônicos, para outros - conseguiu muito mais adeptos à causa de mostrar uma Justiça igual para todos do que malfeitores torcendo por sua saída. Isto ele pode ter certeza. Saindo ou não da vida pública.