O ano mal começou e Brasília já produziu dois erros dignos de engrossar qualquer grande revolta popular. Primeiro foi a CCJ do Senado, ao rejeitar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que reduziria para 16 anos a maioridade penal em casos de crimes hediondos, tráfico de drogas, tortura e terrorismo. Agora, vem o STF e decide que José Dirceu, Delúbio Soares, Marcos Valério e José Genoíno não são quadrilheiros e, consequentemente, merecem melhor tratamento e penas mais brandas. Resta ao presidente Joaquim Barbosa e aos ministros Luiz Fux, Celso de Mello, Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello a certeza de que os brasileiros de verdade estão com eles. E, depois do que fizeram Lewandowski, Toffoli, Zavascki, Barroso, Cármen Lúcia e Rosa Weber, para muitos políticos ficará a de que o crime compensa e, praticado por bandos, mais impune ainda.
