quarta-feira, 25 de setembro de 2013

TUDO A MESMA M....

Muitos dizem que o mal do Brasil não é bem a corrupção e sim a Justiça que, pela morosidade e proporcionalidade (pode mais quem tem mais), permite seu surgimento e perpetuação. Devemos concordar, data venia, com ressalvas. A origem de tudo parece estar, mesmo, no parasitismo, que é sugar indevidamente alguém ou o Estado ( poder público), com a finalidade de enriquecimento ou obtenção de alguma vantagem. É o verdadeiro câncer econômico, social e moral, das mais graves doenças. Pior: ele pariu na cultura um mundo de filhotes como o clientelismo, o patrimonialismo, o fisiologismo e o nepotismo. Uma das mais mortais células cancerígenas, o clientelismo, se divide em dois: o clássico eleitoral, que é quando o político atende pedido do eleitor para alcançar o voto dele, com a variável 'coronelismo' e o clientelismo moderno, que objetiva a conquista de “favores” do Estado, ambos traduzindo um tipo de relação entre atores políticos, envolvendo a concessão de benefícios públicos, na forma de empregos, benefícios fiscais, isenções, em troca de apoio político, permanecendo a sua forma básica, que envolve a negociação do voto. É a verdadeira porta da corrupção política, sendo o sistema que dá origem à maioria esmagadora das irregularidades políticas e institucionais, assim como proporciona o mal uso da “máquina administrativa”, que passa a ser direcionada apenas à finalidades estritamente perversas, sendo os prejudicados, no final, todos os cidadãos de bem - a grande maioria -  que desejam seguir cumprindo com suas obrigações. O patrimonialismo é produto da meiose, fazendo surgir o patrimonialismo, o nepotismo e o fisiologismo, todos, igualmente, mortais e que mantêm a escravidão no País ( nem sei se continuo a escrever assim, com letra maiúscula), uma vez que comprados e vendidos os votos, tal qual um cassino, os senhores e os banqueiros sempre levarão vantagem.  E como.
 
( da série "A SAÚDE ESTÁ UMA M.... deste mesmo autor)