domingo, 10 de março de 2013

NITERÓI NÃO PODE PARAR

Não é porque o município pode perder parte de sua arrecadação que os gestores vão se desesperar, ficar parados ou colocar uma placa dizendo 'fechado por causa de injustiças'. E pronto. Em Niterói, mesmo sendo solidário à manutenção dos atuais critérios de pagamento de royalties aos produtores de petróleo e ao veto da presidente Dilma - o que manifestou em várias ocasiões - e podendo deixar de arrecadar cerca de R$30 milhões em receitas (só este ano) o prefeito Rodrigo Neves tem conseguido alternativas que compensem as possíveis perdas pela derrubada do veto e possam representar, efetivamente, a melhoria de vida dos cidadãos, geração de emprego e renda e o reaquecimento da economia que não sofreria tanto com o impacto da decisão precipitada da maioria do Congresso Nacional. Mesmo antes de assumir o mandato, já na transição, o prefeito teve encontros importantes que, agora, começam a refletir parcerias como a TransOceânica, com recursos do PAC 2, retirada do Cauc (Cadastro Único de Convênios), o "Serasa das Prefeituras', que possibilitará ao município voltar a receber verbas da União e o empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a obtenção de recursos para investimento na infraestrutura e revitalização com a urbanização de comunidades e inclusão social, transporte e mobilidade urbana, requalificação do Centro e fortalecimento institucional. O choque de gestão, logo no início do governo, pretendendo estabelecer regras de bom convívio e objetivando a volta do Turismo, a 'Indústria sem Chaminé' ( retirada de vendedores clandestinos, jardins e obras irregulares, poda de árvores e apoio social a dependentes químicos e moradores de rua, reorganização do sistema viário), a melhoria em vários bairros com desobstrução de galerias de águas pluviais e operação tapa-buracos em conjunto com o governo do Estado, bem como a reabertura da emergência e da UTI pediátrica do Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, o Getulinho e o ajuste fiscal na ordem de 10% do orçamento foram ações que marcam os quase primeiros 100 dias de Rodrigo Neves e sua equipe, deixando Niterói um pouco menos dependente caso o STF não declare a inconstitucionalidade da lei. É assim que se faz. Deve-se procurar alternativas, o mais rápido possível, mesmo porque o petróleo um dia acaba e a população não pode ficar a ver navios, nem os que rebocam plataformas. Muito menos os governos, passivos, esperando a fonte secar.
(foto: agenciabrasil.ebc.com.br)