terça-feira, 29 de janeiro de 2013

ACESSO AO PÚBLICO

Meu pai sempre conta como se dava a contratação de profissionais antigamente no serviço público. Muitos cargos eram pleiteados - e preenchidos - por alguém que demonstrasse ter alguns requisitos e se sentisse com o perfil 'adequado' para exercê-los. Obviamente, também havia o famoso QI (quem indicou), mas este visava mais os antecedentes e a conduta moral do candidato. Havia indicações na polícia, no comércio, na indústria, enfim, em várias áreas. Mas aí vieram as garantias trabalhistas e os concursos introduzidos pelo 'véio' Getúlio Vargas, inclusive com a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), previsto na Constituição de 1937 e incumbido de organizar os órgãos do Estado, para o aperfeiçoamento da máquina pública, além de elaborar a proposta orçamentária do governo e prestar assessoria ao presidente da República.  Excetuando-se a tal da contratação temporária, que pode durar enquanto durarem governos ( de quem contratou), a forma mais transparente e correta para se entrar pela porta da frente continua sendo o concurso público, aquele previsto em edital, com certa antecedência e amplamente divulgado. Lógico, selecionando-se empresa competente e idônea para executar todo o processo. Esta ainda é a melhor maneira para um serviço público de qualidade, com pessoas que passaram pelo processo de avaliação e, portanto, aptas para atender a população. Qualquer coisa diferente disso, é um tremendo retrocesso e uma afronta à Constituição que, além de burlar as leis, fere, de morte, o direito de quem pretende ter um emprego público mas é impedido pelo festival de terceirizações. Não as temporárias, necessárias e justificáveis, mas aquelas que protegem pessoas por algum tipo de interesse particular. Felizmente, 2013 começa com vários concursos, trazendo estabilidade e, na maioria das vezes, um bom salário no bolso dos aprovados.