segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

NA BRIGA ENTRE O MAR E O ROCHEDO...

Sempre sobra pro marisco. Nunca um provérbio se tornou tão apropriado quanto este. A briga entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal para decidir quem tem mais força, obviamente, vai prejudicar o mais fraco, neste caso, a maioria da população brasileira que vai continuar sofrendo com um ridículo salário mínimo ainda a ser atualizado em R$674,95, com os péssimos serviços públicos e a mais alta carga tributária do planeta. A primeira questão diz respeito ao projeto de redistribuição dos royalties do petróleo entre todos os estados e municípios brasileiros. O ministro Luiz Fux proibiu o Congresso Nacional de analisar o veto presidencial na lei enquanto todos os outros vetos não forem deliberados. Pressionado, o presidente do Senado, José Sarney alega que deveria haver a sessão que vai analisar o veto marcada para amanhã, as 19 h. Outra divergência entre o Judiciário e o Legislativo é quanto a perda dos mandatos de parlamentares condenados. O presidente da Câmara, Marco Maia, considera prerrogativa da Casa a cassação de mandato de parlamentares. Enquanto os dois poderes divergem frontalmente, o Brasil não pode licitar novas áreas para exploração de petróleo, deixando de produzir mais barris, nem expulsar parlamentares que roubaram dinheiro público desviados pelo mensalão. Como se vê, esperar que diminua a fogueira das vaidades, se proiba o corporativismo puro e simples e haja harmonia entre os poderes, pelo bem do país e de milhões de brasileiros e brasileiras, parece ser, na visão de muitos ministros, senadores e deputados, coisa secundária.