quarta-feira, 7 de novembro de 2012

QUEBRANDO QUEM NÃO SABE

Ontem a noite, como muitos devem saber (pelo menos deveriam), começaram a mexer, de fato, nos cofres dos municípios produtores de petróleo para que deles saiam boa parte dos recursos previstos na lei como compensação pelas perdas causadas durante a extração de petróleo. A Câmara Federal, como muitos também deveriam saber, aprovou por 286 votos a 124 o projeto de lei do Senado que trata da redistribuição dos royalties do petróleo para estados e municípios produtores e não produtores. Do pós e do pré-sal. Em que pesem bravatas e omissões como a do governador do Rio, Sérgio Cabral, para o qual 'a presidente Dilma irá vetar o projeto', a verdade é que ela deverá sancioná-lo, fazendo, nada mais nada menos, que os novos prefeitos, principalmente, os da Bacia de Campos, tenham de apertar os cintos e se ajustar à nova realidade na região e em grande parte do mundo, principalmente, da Europa, que vive uma grande crise. Mas isto não é motivo para o choro de ninguém, nem para dumpings de emoção como os de Cabral. Ou, mesmo, para que prefeituras, acostumadas a viver assim há pouquíssimo tempo, decretem colapso antecipado como alguns já vêm fazendo. Afinal, a presidente Dilma, pré-candidata à reeleição, jamais permitiria que acontecesse algo assim com a capital cultural do país e terceiro maior colégio eleitoral, tão importantes para seu projeto pessoal e político, bem como do PT e do PMDB. Quanto à choradeira do governador peemedebista do Rio, aliado do governo federal, candidato à vaga de ministro por ser 'homem de confiança", que quer fazer seu sucessor a todo custo e precisa de recursos para isto ( quem sabe vindos do exterior, de petrolíferas ávidas em participar das licitações, a propósito, impedidas há cinco anos), dizer o quê? Confesso que o estilo dele me incomoda um pouco. Sou meio conservador nessas coisas. Uma dica para aqueles mais afoitos: o futuro prefeito Octávio Carneiro, de Quissamã - município um dia chamado de Kuwait brasileiro - , sabe, muito bem, administrar uma prefeitura com os recursos que tem. Ele já fez isto várias vezes e deu certo... O que não significa não 'brigar' pelos recursos a que todos têm direito e que Quissamã conseguirá manter, necessariamente, os serviços atuais, o mesmo número de programas sociais, servidores públicos, manutenção de estradas, ETES ( Estações de Tratamento de Esgoto) - um dia elogiadas pelo ex-ministro do Meio Ambiente, Gilberto Gil -, e os quase 100 % de Eletrificação Rural, atendimento na Saúde, de matrículas nas escolas em todos os níveis, diminuição de áreas de risco e da linha de pobreza ( muito antes dos programas petistas), incentivo à cultura e ao esporte, etc, como fez durante os 11 anos em que administrou o município.