Não é sonho nem novela. A verdade é que o governador Sérgio Cabral e o deputado federal Anthony Garotinho resolveram superar rusgas para que o Rio de Janeiro não ganhe mais rugas caso a emenda Vital do Rego seja sancionada por Dilma Rousseff, levando estados e municípios produtores ao caos. Tirando os interesses políticos neste duro momento em que vive o estado e a profissão de jornalista, os dois não têm quase mais nada em comum. Um é Flamengo, o outro Vasco doente. Um é do interior, o outro da capital. Garotinho tem em seu currículo mandatos de deputado estadual, prefeito, governador e, agora, deputado federal. Cabral foi deputado estadual, senador e, atualmente, exerce a chefia do Executivo fluminense pela segunda vez. Enquanto Garotinho conhece bem o papel de 'primeiro-cavalheiro' ( Rosinha, sua esposa, foi governadora e é prefeita de Campos) e já conseguiu emplacar os filhos na arte da política, o governador sai atrasado ao colocar o filho como vice-presidente do PMDB apenas esta semana e a esposa nos bastidores cuidando dos aspectos jurídicos. Tirando outras diferenças entre os dois, acostumados a ataques mútuos em palanques, jornais e blogs, tem sido válidas todas as tentativas de se lutar para que o Rio de Janeiro não perca direitos constitucionais de receber royalties pela produção de petróleo e, como no movimento de segunda-feira, no Centro do Rio, de maneira uníssona, gritar Veta, Dilma!
