Por maior que pareça a ressaca dos derrotados e o estrago nas eleições municipais de ontem, há de se respeitar, sempre, a vontade da maioria que não aprovou seus nomes para prefeito ou vereador. Não é à toa que o voto é considerado sufrágio universal e a maior arma do cidadão para mudar algo ou continuar com o sistema vigente. Enaltecidos os valores dos vitoriosos ou superados possíveis traumas dos que perderam, é levantar a cabeça, contabilizar e identificar aliados e 'traíras - numa linguagem bem chula e comum em muitos lugares - verificar estragos e, principalmente, mudar estrategias erradas. Também é fundamental que os correligionários dos que não obtiveram os votos necessários para ocupar uma das cadeiras não sofram nenhuma perseguição ( está em voga o 'perseguição nunca mais', dito por alguns ), pois, haver vencedores e vencidos, faz parte do jogo democrático e, portanto, tem de ser reconhecido por aqueles que pregam o direito de escolha, independente da força política e das vantagens que alguém pareça ter. Feito isso, ganha a política que significa arte ou ciência da organização - ou da melhor desorganização, como a tenho visto - e o processo eleitoral onde vencedores e vencidos foram mais ou menos organizados. Agora é aproveitar as redes sociais, os recursos para 'salvar' as promessas dos candidatos e tudo que sair na mídia para depois se começar a cobrar dos que assumirem seus mandatos. Exigindo da Justiça que as palavras não sejam levadas pelo vento.
