Recordista de doações de sangue no Hemorio (hemocentro ligado à secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro), o empresário carioca Otávio Basile deveria receber todas as homenagens dignas para quem, durante 48 anos, ajudou a salvar centenas de vidas. Seu ato de solidariedade deveria, também, ser encaminhado ao Guiness ( Livro dos Recordes) para que servisse de exemplo e mostrasse algo de útil, bem ao contrário de recordes que costuma registrar. Outra atitude merecedora do nosso respeito e admiração, foi a carta enviada ao Senado propondo doação de sangue mesmo depois dos 67 anos - a legislação brasileira estabelece doação voluntária entre pessoas de 18 a 67 anos, 11 meses e 29 dias, sendo que dos 16 aos 18 é preciso autorização de pais ou responsáveis - e Otávio, por já ter 68, agora tem de se contentar, 'apenas', em dar palestras para incentivar a doação.
- Para quem conhece a dificuldade de se arranjar doadores, o que 'Seu Otávio' fez - e faz - para ajudar a salvar a vida de anônimos, teria de ganhar todos os espaços em todas as mídias possíveis. Nada como ver a expressão de felicidade estampada nos rostos das pessoas quando nos procuram para doar sangue. Isto mostra que ainda há esperança e muita gente boa querendo praticar o bem sem olhar a quem', acrescenta a assistente social da prefeitura de Quissamã (RJ), Márcia Direnna, que durante 18 anos ficou responsável pelo Programa Municipal de Doação Voluntária de Sangue.
