segunda-feira, 27 de agosto de 2012

SEM ARROCHO

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Quando critico o Partido dos Trabalhadores, refiro-me às ações de alguns de seus filiados e, principalmente, petistas com ou sem mandato que exercem poder em diretórios e na própria executiva nacional e não honraram aqueles representantes de 18 estados que, em 1980, reunidos no Colégio Sion, em São Paulo, aprovaram o texto definitivo do manifesto de fundação do PT. Como no caso dos mensaleiros, ex-presidentes e tesoureiros, metidos em enrascadas a macular o nome de um movimento criado para defender trabalhadores e diminuir as injustiças sociais. Mas nunca me privei de expressar, bradar mesmo, palavras de apoio a atitudes tomadas por quem quer que fosse, petistas ou não. Como tenho feito em relação a presidente Dilma Rousseff, primeira mulher a governar o país, por méritos e capacidade, que vem enfrentando as forças mais ocultas - e aparentes, também -, do país. Só para reforçar minha admiração pela conduta admirável ( mesmo não votando nela em 2010), ela acaba de endurecer o jogo com grevistas, propondo, dentro da razoabilidade e realidade nacionais, reajuste de até 15,8 % entre 20013 e 2015, sendo esta sua posição pessoal e, mais importante, de governo já que as regras foram pré-estabelecidas estando num contexto que visa a diminuição das desigualdades sociais. Os movimentos grevistas e ordeiros são importantes e fazem parte da democracia, mas deve-se ter prudência neste momento de crise mundial (provocado pela máquina dos Estados) não atrapalhando a governabilidade, como alguns vêm fazendo.