Há nova luz no fim do túnel. Trata-se do procurador-geral da República, Roberto Gurgel que, após expor por quase cinco horas a peça de acusação contra os 38 réus do mensalão, começou a dignificar mais a Justiça brasileira mostrando que apesar de toda a pressão exercida (sabem ele e Ele por quem) não irá esmorecer e deixar de pedir a condenação daqueles que roubaram o país. Como fez Gurgel. Por vivermos em um país onde, todos os dias e em todos os recantos, a Justiça e muitos de seus donatários são acusados por desvios dos mais diversos, determinando, com pesadas - e corrompidas - mãos de ferro, sejam cumpridas sentenças a um quase bel-prazer, ouvir do representante do Ministério Público que o ex-ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, era o 'chefe da quadrilha, a principal figura, o mentor, o grande protagonista do mensalão', deixa claro sua competência, disposição para enfrentar a defesa dos acusados e, principalmente, que o Supremo Tribunal Federal (STF) deverá continuar a missão de melhorar a imagem da Justiça, há anos desgastada por episódios de corrupção nas próprias entranhas.
