quarta-feira, 18 de julho de 2012

O 'REINO' POLÍTICO

Com a chegada das campanhas políticas, entra em cena o reino animal, com seus vários espécimes, no caso, assessores, coordenadores, correligionários, seguradores de placas e outros tipos que nesta época costumam demonstrar seu perfil. Os primeiros são o tipo “barata”. Asqueroso, se alimenta de restos (fofocas), fica pelos cantos fugindo de todos, mas consegue sobreviver mesmo com todas as mudanças e transformações que o ambiente vive. Às vezes some, e o único jeito de se livrar deles é pisando e jogando depois no lixo da mediocridade. O segundo é o “galinha”: tem medo de tudo, do candidato, do que pode acontecer no final, se vai dar certo, se não vai, se vai ser perseguido e coisas assim, caso o resultado não lhe for favorável. Geralmente, fica “ciscando” o tempo todo de um lado para o outro e se esquece que está ali para trabalhar, conquistar votos. Produz pouco, pois quer pouco. Pouco motivado e pode espalhar sua “gripe aviária” desmotivando outros da equipe. O melhor a fazer é botar para fora do galinheiro. O terceiro é o “papagaio”: é aquele cara falante, ativo, extrovertido. Promete ajudar todos a resolver seus problemas e se dá bem com quase todo mundo. Mas só fala, fala e nada de resultados que representem votos. Vive prometendo soluções que nunca vêm e tem sempre uma resposta na ponta da língua. Por falar demais sempre envolve outras pessoas nas suas papagaidas. O “papagaio” não chega a ser um problema para a campanha. Basicamente está motivado, mas pouco focado em resultados, só precisa aprender a “querer” mais. O quarto tipo é o “urubu". Ao acordar, logo reclama: “Mais um dia de campanha naquela droga de comitê, pra aquele droga de candidato. Dai-me forças, Senhor”. (Como o Senhor vai dar forças para um cara desses, se simplesmente esse cara não quer!) O urubu”, não busca nada (porque, simplesmente, não quer) e, o pior, consegue impor ao ambiente um ar pesado, um mal estar que contamina o ambiente, as relações interpessoais e os próprios candidatos, seus partidos e coligações. É o caso de um 'urubu' ao receber a ligação de um possível eleitor:
Urubu: – “Alô. Com quem deseja falar. O candidato está ocupado. Você vai esperar?”.
Eleitor: – Você não pode resolver meu problema?
Urubu: -”Olha meu senhor, meu serviço é atender as chamadas e encaminhá-las aos responsáveis. Não posso ajudá-lo. Se quiser, retorne sua ligação daqui há pouco. Nosso comitê agradece. Passar bem”. Com isso destruiu a imagem dos candidatos e jogou no lixo todo trabalho da conquista desse eleitor, seu voto e de sua família. Como você não deve convencer ao “urubu“que existem coisas melhores que a carniça que está acostumado a comer, o melhor é mandar voar em outros ares.
Finalmente o quinto tipo é o “águia”. Pássaro com muitos simbolismos a “águia” desde o antigo Egito representa o elo entre o homem e o divino. É inteligente, astuta e precisa, certeira em seus atos. É a rainha dos céus, o pássaro que voa mais alto e mais rápido.
O “águia” tem muito disso. Sua determinação e o foco de suas ações são facilmente percebidos. Está quase sempre preocupado em atingir suas metas, seus objetivos, sem medo de pular no abismo desconhecido, igualmente ao que faz a águia. Como o próprio pássaro o verdadeiro “águia” tem características peculiares: ele valoriza o eleitor, seu voto, o apoio recebido do candidato para que pudesse dar o primeiro salto no abismo desconhecido.
Esse é o colaborador que toda campanha gostaria de poder contar. O ciclo de aprendizado do “águia” só estará completo quando ele iniciar outras “águias” em seus próprios voos, isto é, conseguir mais adeptos à causa. As histórias das “águias” e dos homens são bastante parecidas.
Ambos têm que fazer difíceis escolhas ao longo de suas vidas, - e do processo eleitoral. Ambos têm que tomar decisões que irão determinar a altura e a grandeza de seus rumos. Mas não deve-se esquecer que, como em tudo na vida, a Liberdade é uma conquista, o Sucesso é um prêmio e a Renovação é o único, único caminho para se chegar aos objetivos.