quinta-feira, 19 de julho de 2012

NEGÓCIO DA CHINA NO RIO

Em termos de trapalhadas e irregularidades no governo do Estado do Rio, parece não faltar mais nada. Depois das dezenas de desastres em trens, ônibus, barcas e metrô, mostrando o caos que vive a população em se tratando de transportes públicos, o governador Sérgio Cabral e o secretário Júlio Lopes conseguiram uma proeza ainda maior. Acabaram de adquirir, made in china, trens mais leves que balançam mais do que as composições antigas e poderiam bater em paredes e pilastras, além do risco de descarrilar, segundo o próprio Sindicato dos Metroviários. E mais: a concessionária Metrô Rio teria começado a fazer obras para alargar as plataformas e até as pilastras dos túneis, lembrando a fábula do gaiato que criou um pinto dentro de uma pequena gaiola. Antigamente, quando se fazia 'um negócio da China' era, apenas, uma maneira de enfatizar a realização de algo muito bom para alguém. E isto não pode ser aplicado na aquisição dos trens, pois, por definição, é uma transação comercial muito vantajosa para uma das partes e extremamente onerosa à outra. Entretanto, como vivemos em um Estado onde há tantos escândalos, como o dos guardanapos, por exemplo, o negócio deve ter sido muito bom para ambos os lados (fabricante e poder público). Menos para o povo.