terça-feira, 26 de junho de 2012

CORRUPÇÃO E PIZZA ENGORDAM

A cada dia me convenço que a política nacional está mais para uma grande armação do que para cumprir seu verdadeiro papel. As CPIs, por exemplo, só acontecem por estarem previstas na Constituição, nos regimentos, ser prerrogativa de parlamentares e por existir o pluripartidarismo onde o jogo de interesses é maior e as figuras de oposição e situação precisam fazer e, muitas vezes, ganhar o seu. O meu, o seu, o nosso, literalmente. Salta aos olhos de todo mundo o espetáculo que são essas comissões, como a do Cachoeira, por exemplo, onde depoentes (suspeitos de irregularidades e crimes ligados à esquemas, tráfico de influência, superfaturamento, etc.) entram mudos e saem calados, acobertados pela própria lei, por escritórios de advocacia suntuosos e renomados, pela blindagem e pelo corporativismo, quase obrigando-as a proteger governadores, o Congresso Nacional permanecerá como centro principal da armação da política nacional. Mecanismos importantes e já obsoletos em países desenvolvidos, as acareações nem são cogitadas como forma de provocar o aparecimento da verdade, uma vez que quem cala consente. Outro fator a mostrar o pouco interesse de se levar a cabo responsáveis por crimes de corrupção é a morosidade e falta de sintonia entre os poderes, indicando o acendimento e a manutenção de uma grande fornalha, não para incinerar criminosos e, sim, para preparar pizzas a serem servidas para o eleitor/contribuinte/otário brasileiro (não necessariamente nesta ordem). Enquanto tudo isto continuar a ser legal, mesmo sendo imoral, a população não terá outro destino senão a obesidade. Afinal, massa engorda.