sábado, 7 de abril de 2012

MONOPÓLIO NA BAÍA DE GUANABARA

Quem costuma fazer o trajeto entre o Rio e Niterói, seja de barcas ou pela ponte, não terá como fugir da espécie de cartelização que foi instalada no setor de transportes públicos, devidamente abençoada pelo governo do Estado do Rio de Janeiro. O Grupo CCR, que já administra a Ponte General Costa e Silva, além da Rodovia Presidente Dutra e da Via Lagos, agora terá a concessão das barcas, mostrando o verdadeiro monopólio imposto à população que é obrigada a fazer o percurso. A CCR adquiriu 80% das ações da concessionária Barcas S/A, permanecendo a Viação 1001 com os outros 20%. Fala-se que mesmo a concessionária tendo acumulado uma dívida de 90 milhões e sucessivos problemas, como ações trabalhistas, choques entre lanchas, acidentes, aumentos injustificáveis e uma série de outros transtornos para os usuários, o governo aceitou a transação 'numa boa', diria o mais zen dos cidadãos. Mas a pergunta que não quer calar, mesmo, é: pode uma mesma empresa controlar o transporte terrestre e marítimo da travessia da Baía de Guanabara sem gerar conflito de interesses que não prejudique ainda mais o cidadão? Sim, poderá responder um desses 'nossos' políticos que nada entendem de transportes públicos, decerto baseado em outro verdadeiro interesse.