segunda-feira, 30 de abril de 2012

COTA SOCIAL, SIM!

Agora, nem todos os brasileiros "SÃO IGUAIS PERANTE A LEI”. A atitude dos Ministros do STF, semana passada, rasgou a Constituição Federal quando aprovaram, por dez votos a zero, o sistema de cotas raciais adotado em universidades do país. Isto abre um precedente perigoso, uma vez que o tratamento da igualdade não é um direito absoluto, justamente para não se aprofundar distorções históricas. Ao contrário de outras culturas, no Brasil se acentuam as diferenças sociais e seria mais eficiente que os ministros avaliassem um critério de cotas não apenas por raça e, sim, pela condição sócio-econômica. Seriam cotas sociais com genótipo tão importante quanto fenótipo, não permitindo que se comece um processo segregacionista que nunca tivemos por aqui. Somos um país de miscigenações onde, apesar de todas as diferenças, preconceitos e atos extremos contra alguma raça são exceção. O que pode deixar de acontecer se o Estado insistir em falsas proteções como forma de se oportunizar mais e melhor com este sistema de cotas raciais. Aliás, este mesmo critério foi criado nos EUA, na Índia e na África do Sul, por exemplo, e todos sabemos no que resultou. Os iguais - no caso, todos nós perante a própria CF -,devem ser tratados de forma igual e os desiguais de forma desigual, na medida de suas desigualdades.