AUMENTO NAS BARCAS

Em qualquer país do mundo, principalmente entre os que dizem ter economia estável, um aumento de até 68% no preço dos bilhetes de um transporte de massa causaria um grande movimento e, não fosse a passividade - e ingenuidade - do brasileiro, um levante popular nas mesmas proporções. Mas parece que as Barcas S/A e o governo do Estado não estão nem aí pra isso. A proposta de reajuste neste percentual, como quer a empresa que possui a concessão marítima para a travessia Rio-Niterói, deve entrar em vigor a partir de fevereiro e, a população, apesar de alguns poucos gritos, manifestações em redes sociais e outros atos isolados, será mais uma vez 'engolida' e se contentará a pagar por um transporte inseguro, desconfortável e, nos próximos dias, de altíssimo custo. Enquanto isto, ficamos na esperança de entendermos Jean-Paul Sartre, quando dizia: "Ainda que fôssemos surdos e mudos como uma pedra, a nossa própria passividade seria uma forma de ação".