terça-feira, 31 de janeiro de 2012

REFORMAS POLÍTICAS

Alguns têm mania de falar em reforma política como se isto fosse fácil e, na maioria das vezes, possível de acontecer. Peguemos o governo federal, por exemplo, onde a presidente Dilma Rousseff diz estar fazendo 'uma grande faxina' e que nos próximos dias deve apresentar novos nomes de sua preferência para compor os ministérios, principalmente os que atravessaram - e atravessam - forte turbulência após inúmeras denúncias de corrupção, como aconteceu com sete ministros e, agora, com Mário Negromonte, das Cidades. Todos sabem que a tal da governabilidade é quem manda e o loteamento dos escalões mais importantes existe. É o famoso QI. A base aliada, com todos os seus interesses, sede e fome insaciáveis, é quem aponta as bolas da vez. Não adianta nossa brava presidente ter, apenas, boa intenção, querer as reformas. No final, o círculo vicioso prevalece, manda quem pode, obedece quem tem juízo e indica quem tem algo a oferecer. Qualquer coisa diferente é mera especulação. É jogar para a plateia ou trocar seis por meia dúzia.