segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

PICCIANI E A ÉTICA


Trazendo na bagagem a derrota ao Senado, quando perdeu a disputa para Lindbergh e Crivella, o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, - como faz todo político profissional -, já começou a 'trabalhar' as estrategias para as eleições municipais que acontecem em outubro próximo. Com o mapa do Estado do Rio em mãos e, com pesquisas de intenções de votos, ele diz também estar preparando o partido rumo às alianças e faz questão de lembrar sempre que "o PMDB tem um estatuto, uma comissão de ética". Em relação a este modelo de moralidade que diz ter seu partido, Picciani não deve estar nem dormindo, por exemplo, com as revelações de que o vice-presidente da República, Michel Temer (uma espécie de 'dono do PMDB), alugou, por meio de dispensa de licitação, uma casa avaliada em R$ 4,5 milhões em São Paulo para abrigar a equipe que faz sua escolta e de sua mulher quando estão na cidade. O imóvel foi locado por R$ 19,5 mil mensais, durante um ano e o custo é de aproximadamente R$ 55 mil. Mas para quem vive em um país onde a taxa de desemprego é muito baixa e o salário mínimo proporciona uma vida digna aos cidadãos e os serviços públicos no estado e na cidade do Rio de Janeiro, aliás, também administrados por peemedebistas, são de excelente qualidade, o quê são alguns milhares de reais gastos na segurança de um vice-presidente?