sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

'CULPAS' DO PEZÃO

A região serrana do Rio de Janeiro parece que está preparada para enfrentar os problemas causados pelas chuvas na mesma proporção que o vice-governador Pezão. Durante todas as entrevistas, confuso, ele tenta atribuir culpas à falta de geólogos e engenheiros, às leis que impedem ações mais rápidas no uso dos recursos, à longa falta de um prefeito em Teresópolis (o eleito, foi cassado, o vice, faleceu, assumindo o presidente da Câmara), enfim, à mais uma 'urucubaca'. Se esquece que ele e o governador Sérgio Cabral são os principais responsáveis, inclusive pela tragedia naquela região, a mais anunciada de todas. Há um ano, o mundo assistiu centenas de pessoas sendo retiradas mortas dos escombros e agora isto só não se repetiu graças a própria natureza que foi menos impiedosa, pois a depender do que o governo do estado fez, ou melhor, não fez, a população teria o mesmo destino. Chama atenção, numa hora como estas, os políticos não se lembrarem que o Estado do Rio de Janeiro recebe bilhões de reais dos royalties do petróleo e, mesmo assim, seus filhos continuam morrendo pelo pouco caso das autoridades que pouco fazem para resolver o problema, como interceder mais diretamente junto às prefeituras, por exemplo, dando efetivo apoio na desocupação das encostas com realocação das famílias em novas moradias, maior fiscalização em rios, morros, estradas e pontes, reaparelhamento de bombeiros e da defesa civil destas áreas, aliás, coisas simples para quem tem tanto dinheiro. Não basta ficarem falando das casas populares, certamente mais um daqueles 'muquifos', que Cabral e Pezão irão entregar com toda a pompa. Pois se nada de muito sério for feito, elas também poderão ser arrastadas ou inundadas pela força da natureza.