quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O SUS(TO) DE LULA


A doença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o início de seu tratamento vêm acirrando uma polêmica no mínimo inoportuna, injusta e sem propósito. Ao invés de se discutir, por exemplo, os convênios e tratamentos realizados pelo SUS, algumas pessoas passaram a criticar seu plano de saúde, até em redes sociais, como se os conceitos de Karl Marx devessem prevalecer neste momento e o mais 'politicamente correto' seria recorrer ou viajar centenas de quilômetros até hospitais da rede, às marcações de consulta, às filas de espera, à falta de profissionais e tudo o mais que levasse o presidente a ratificar sua popularidade, sentindo na própria pele o caos em que vive o cidadão em termos de Saúde. Não é preciso ver Deus para se acreditar Nele. Principalmente para quem ficou oito anos no poder. Lula e os quase 200 milhões de compatriotas - companheiros ou não - sabem que o SUS se transforma em um grande susto para o usuário que o procura. A peregrinação atrás de um bom atendimento, - muitas vezes inaccessível ou resultando em amputações -, os aparelhos quebrados, os superfaturamentos e toda a sorte de fraudes (para azar de todos), além das milhares de mortes em macas e corredores, representam a falência do sistema e a necessidade urgente para a reformulação de quase tudo. Numa boa e real UTI móvel. Isto, sim, é relevante independente de quem seja, quanto e qual plano tenha o paciente. Agora é deixar o homem seguir seu curso, se tratar, e lembrar do que a presidente Dilma Rousseff prometeu para a área da Saúde ao listar 21 itens. Lembram-se deles? Melhorar todo o sistema de saúde e fazer 500 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 horas foram os primeiros.