sexta-feira, 9 de setembro de 2011

MOVIMENTO ANTICORRUPÇÃO

Pelo tamanho do Brasil e dos casos de corrupção que surgem, a cada momento, na mesma proporção, o movimento deflagrado em todo país questionando, principalmente, a atuação dos políticos, parece andar a passos de cágado e ter um limite nada bom para quem precisa de urgentes e profundas mudanças de valores, ética e igualdade. Apesar de espontâneo, justo, de bandeira imediata e suprapartidário, o Movimento Anticorrupção e as marchas como a de quarta-feira (Dia da Independência) correm o risco de não atingir o resultado esperado, caso não haja mobilização de todos os segmentos da sociedade, inclusive da banda boa do Congresso Nacional, no sentido de exigir medidas enérgicas para quem for pego se utilizando da coisa pública em benefício próprio. Para se mudar esta cultura que existe no Brasil, - dizem, desde o Descobrimento -, não basta, apenas, promover manifestações. É preciso ter plena consciência de que ela é errada sob todos os aspectos, uma doença incurável que leva à morte de pessoas e instituições e cujo contágio se dá através dos maus exemplos que repetem-se pelos que nos rodeiam, porque o modo como vivemos tem impacto nos outros. Devemos aplaudir quaisquer iniciativas que resultem em lutas anticorrupção, mas sem desprezar ninguém, como, por exemplo, políticos que disseminem a capacidade de reflexão, de análise e conduzam à formulação de leis destinadas a liquidar com as figuras da impunidade e da imunidade, a propósito, as verdadeiras aliadas do perigo que começa em um simples cafezinho.