quinta-feira, 29 de setembro de 2011

CAÇADA A UMA FAMÍLIA

Não discuto o mérito do processo que 'cassou' a prefeita de Campos dos Goytacazes (RJ), Rosinha Garotinho. Mas não posso concordar com os motivos elencados por parte da Justiça, que alegou campanha eleitoral extemporânea para tomar tal medida extrema. Ora, em um país que não existe político que deixe de se sentir assim, 24 horas por dia, e de aproveitar todas as oportunidades e, principalmente, onde fichas sujas por razões administrativas tomam posse protegidos por esta mesma Justiça, fica claro haver uma grande hipocrisia ou, na pior das hipóteses, evidentes indícios de dedos, mãos, ou até mesmo pés de tamanho desproporcional, de autoridades do Estado, querendo impedir - barrar - a ascenção de uma família que já mostrou ser boa de voto, falar o que pensa e isto transforma o verbo numa grande 'caça', perseguição de um ser humano a outro, normalmente com intenção de abate. Muitos vêem o ato como uma forma de manutenção pelo poder, puro e simples, mas o que existe é uma prefeita eleita com ampla maioria, repetindo a posição nas últimas pesquisas, um marido, deputado federal, também eleito da mesma maneira, a filha, deputada estadual, todos fazendo oposição e, por último, o filho debutando como uma forte liderança no PR (Partido da República), sigla partidária deles. Se este é o incômodo maior, que arranjem um motivo mais coerente para afastar uma prefeita cuja cabeça não paira nenhuma sentença por razões administrativas, o que justificaria contrariar os milhares de eleitores que nela confiaram.