sábado, 27 de agosto de 2011

DIA DO PSICÓLOGO

Apesar de não 'curtir' essa de dias específicos para profissões e outros muito mais voltados para se vender algo, não poderia deixar de agradecer alguns e-mails nos desejando parabéns pela data, 27 de agosto, 'o Dia do Psicólogo'. Mas vamos ao que interessa mais. Perguntaram-me, semana passada, qual era a diferença entre melancolia e depressão, já que temos lidado com alguns casos que parecem apontar nesta direção, ou seja, para um possível diagnóstico onde há sintomas comuns com estruturas diagnósticas diferentes. A coisa não é simples, assim, apenas conceitualmente, mas gosto muito de teses na tradição do pensamento ocidental. O atual conceito médico da depressão usa dados mensuráveis para definir esse estado, como tempo de duração de sintomas. Para a psicanálise, a melancolia é o estágio mais extremo da depressão. A apatia do melancólico é fruto da perda de algo ou de alguém, que precisa ser compreendida e superada, em um processo semelhante ao do luto. A depressão seria uma síndrome que mistura tristeza e apatia, busca da identidade e o culto de si mesmo. Já em relação à depressão grave e à melancolia, ainda no conceito da psicanálise, estão situadas junto às psicoses, diferenciando-se da depressão neurótica. Mas o quê fazer, uma vez diagnosticado o estado mórbido do paciente? Em ambos os casos, é recomendado que se busque algum tipo de terapia. Na depressão, como forma de eliminar o vazio e o sofrimento causado por ele, os profissionais dispõem das mais variadas técnicas, enquanto que na melancolia é sugerido o uso de medicamentos e o acompanhamento psiquiátrico.