terça-feira, 5 de julho de 2011

ANTES TARDE DO QUE NUNCA

Depois de se 'beneficiar' das maravilhas do cargo e do poder, como sua amizade com os proprietários da Delta e do Grupo EBX, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, resolveu contê-las, assinando nesta segunda-feira o decreto que cria o Código de Conduta. Composto por um total de 19 artigos, ele dita o comportamento do agente público de alto escalão (com ele incluído) que será obrigado a prezar por princípios de "legalidade, impessoalidade, publicidade, eficiência, moralidade e probidade",aliás, uma obrigação de qualquer cidadão de bem. Para uma cultura onde a corrupção começa no cafezinho, a medida obviamente não vai impedir agentes políticos de obter vantagens por conta do cargo valendo-se da função para auferir benefícios ou tratamento diferenciado, para si ou para outrem, em repartição pública ou entidade particular, como consta no decreto, mas, pelo menos, deve inibir a fúria como muitos vêm denegrindo a imagem de um país a cada dia mais envolvido em escândalos de corrupção. Já se tornou um clichê - e não vem de agora - a troca de favores, onde se cria dificuldades para vender facilidades e, isto, acaba contribuindo para os péssimos serviços prestados, além do mau exemplo para aqueles que pretendem um dia entrar em um serviço a cada dia mais desvalorizado.