"Não adianta ser honesto. Precisa agir como tal". Esta afirmação, embora tenha aparecido por volta de 60 a.C na Roma Antiga, ainda é válida - e muito - nos dias de hoje na política nacional. Por mais que o governador do Rio, Sérgio Cabral, se esforce, principalmente, através da mídia militante, seu nome continua maculado às estreitas ligações de amizade com grandes empresários que costumam investir em suas campanhas, seus mandatos e seus governos. Como parece ser o caso de Eike Batista, um dos mais ricos do mundo, que doou R$ 750 mil em 2010 e costuma colocar suas aeronaves à disposição do governador e de Fernando Cavendish, dono da Delta Engenharia, empreiteira que presta serviços ao estado em contratos que ultrapassam a casa do R$ 1 bilhão – muitos deles sem licitação. Apesar de ser considerado "boa praça ", sempre sorridente e solícito com a imprensa e com as pessoas que o cercam, o governador Cabral não deve estar se importando muito com a opinião pública, para ele (e para os que ainda vivem à sombra da ditadura) uma mera opinião publicada. Sugerimos que ele coloque em pauta, jornalista que é, questões como os royalties do petróleo, as reivindicações dos bombeiros militares e dos professores, a saúde nos hospitais públicos, a insegurança e os transportes cada vez mais caóticos e sujeitos à contínua corrupção.
