terça-feira, 31 de maio de 2011

SARNEY: "IMPEACHMENT DE COLLOR NÃO FOI MARCANTE"


E ainda dizem que a ditadura acabou. O que o presidente do Senado, José Sarney, fez, nesta segunda-feira, mandando retirar o impeachment de Collor dos painéis da nova galeria do chamado 'túnel do tempo", nem os velhos generais conseguiriam fazer. Os painéis trazem os fatos históricos mais importantes, do ponto de vista cronológico, e a saída de um presidente da República é, sem dúvida, fato marcante e não deveria existir nada -nem ninguém - que conseguisse jogá-lo para baixo do tapete. O que depõe contra a atividade parlamentar, com exceção dos constantes escândalos de corrupção, é o corporativismo e a maneira arbitrária utilizada por pessoas que só conhecem a democracia de 'ouvir falar'. Na prática, se utilizam da força para atingir seus objetivos e, quando precisam, tentam, até, rasgar as páginas da história. Novamente, o presidente do Senado, mais antiga Casa legislativa do país, lança marimbondos de fogo na sociedade, mandando retirar o episódio da cassação de seu colega, senador Fernando Collor. E com a justificativa de que "esse episódio foi apenas um acidente que não deveria ter acontecido na história do Brasil".