domingo, 30 de janeiro de 2011

NA POLÍTICA, NADA SE CRIA


Em segundo lugar no ranking - o primeiríssimo isolado é a corrupção -, o grande problema na política nacional é o continuísmo, o processo de acomodação, o famoso "tá dando certo, pra quê mudar?". Quando alguns pensam que vem algo novo, como no caso da escolha de uma mulher para ocupar a presidência, o que se começa a perceber é a mesma subserviência a grupos e o predomínio de alguns poucos sobre a maioria. São partidos da chamada base aliada a dar governabilidade, tudo em nome de uma velha e já manjada manobra para permitir que o PT e o PMDB (não necessariamente nesta ordem) ditem regras para que o país continue em suas mãos, geralmente maiores que o olho e a cara. A disputa pela presidência do Congresso é prova inconteste do ardil a que estamos, todos, submetidos. Tendo o senador José Sarney a encabeçá-la, com outros ilustres caciques a reboque, apoiando-o 'incondicionalmente', salvo uma enorme zebra, a Câmara alta continuará sob seus auspícios e influenciando nos destinos da outra Casa. Com o eterno discurso de continuar servindo à nação, o quase caudilho tupiniquim deverá abrir os salões do Congresso para boas conversas ao pé do ouvido e outras negociações que visem resguardar interesses.

sábado, 29 de janeiro de 2011

SEMPRE ELA

A revista Veja desta semana, mais precisamente o blog do Reinaldo Azevedo, diz que a oposição quer ser oposição negando-se a ser oposição. Realmente é a quadratura do círculo, nos fazendo lembrar a posição adotada por muita gente "boa" por aí. Ainda sou do tempo em que para se fazer oposição era preciso ter a ética como princípio, muito argumento e, principalmente, disposição e coragem. Como diz um bom NÉM: já é...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

É PRECISO TER CORAGEM

Se a presidente Dilma for - o que acho que é - uma mulher de fibra, vai encarar a reforma política logo depois do recesso parlamentar. Entre outras coisas, a mudança na atual legislação eleitoral propõe que o político não pode renunciar, - o que vem acontecendo e se tornando prática comum de uns anos pra cá -, a cassação imediata, sem votação; aposentadoria como parlamentar cancelada ( e todos os seus "pinduricalhos", como as aposentadorias especiais, planos de saúde, seguros de vida, etc.); detenção / cadeia (fazer cumprir a lei) para os que praticam atos de corrupção; doações de campanha imorais, onde grandes empresas aportam muito dinheiro na campanha de um ou outro candidato, para eles defenderem os seus interesses depois de eleitos e tudo mais que venha a moralizar, instituir a ética e reduzir drasticamente os índices de corrupção no cenário político nacional. A sociedade decente deste país exige que a política deixe de ser um excelente negócio para os desonestos e oportunistas e a reforma os desestimule a ingressar na vida pública. Valorizar a atuação de políticos comprometidos com os valores morais, éticos e com os interesses coletivos, bem como um mínimo de formação cultural para o ingresso na vida pública, devem ser pontos relevantes para o exercício de um mandato, seja ele de simples vereador ou de um cargo máximo de chefe da nação. O que ninguém aguenta mais são políticos - pagos com dinheiro público -, sentados em uma grande privada ( desculpem o termo) - defendendo, em sua grande maioria, a manutenção do interesse de classes privilegiadas em detrimento da pobreza ou subserviência do povo brasileiro.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

NEM TUDO QUE PARECE, É!!!


Não se deve acreditar em tudo que se ouve. Nem sempre no que se vê. Às vezes nos deparamos com rumores, seja na política, seja na vida particular de alguém e, até mesmo, em fotografias divulgadas como a de um cão que supostamente velava o corpo da dona vítima das chuvas na cidade de Teresópolis, Região Serrana do Rio e que ganhou destaque em jornais no Brasil e no mundo. Identificado como Caramelo, o comportamento do cachorro comoveu leitores e chamou a atenção de quem buscava notícias sobre a tragédia. Mas a história, digna de folhetim, era outra. "É tudo mentira", protestou o verdadeiro dono do animal, o coveiro Rodolfo Júnior. "O nome do cachorro da foto é Joe e está comigo há 1 ano, desde que foi abandonado no cemitério municipal", revelou. Ele conta que, no dia em que a fotografia foi feita, Joe o acompanhava enquanto trabalhava como voluntário cavando sepulturas para abrigar os corpos das vítimas. "Ele deitou ao lado de uma cova. A foto foi feita e escreveram que era a dona dele e que ele estaria ali acompanhando. E rolou esse boato todo", explicou Rodolfo. Portanto, não se deixe enganar. Cuidado com as imitações, com as divulgações, com os depoimentos - de pés juntos - e quaisquer outros depoimentos que possam a vir a comprometê-los.

CYBERBULLYING


"Você é um bobo, ha, ha, ha. As meninas dizem que você é um gordão..." são frases que crianças e adolescentes podem receber como mensagens texto em seus celulares, enviadas por companheiros da escola e que podem ser mais prejudiciais ao publicar-se na página de uma rede social, especialmente destinadas a desmoralizar o acossado. O fenômeno, conhecido como cyberbullying, que afeta, sobretudo, adolescentes entre 12 e 14 anos -por serem os que estão mais tempo conectados a Internet- tem gerado preocupação no mundo todo. É uma conduta que transcende em muito os muros escolares. Já é uma das preocupações que ocuparão a agenda de docentes e pais durante o ciclo letivo 2011 e que vai surpreender as famílias. A mudança de hábitos tem um novo efeito com o acesso massivo a Internet e ao uso de celulares. Hoje, os insultos e agressões que os adolescentes disparavam na saída do colégio foram transladados também aos muros virtuais e agravaram a situação. Em vez de ser vistos por testemunhas ocasionais da discussão ou briga, agora participam direta ou indiretamente os amigos da vítima e os vitimados e os amigos de seus amigos. Entre 150 pais consultados durante o congresso organizado pela "Fundación Proyecto Padres", e realizado recentemente, 80% disseram saber de algum caso de cyberbullyng entre os amigos de seus filhos. O professor Soletic destacou que a escola tem um papel protagonista nesse assunto, mesmo que ocorra fora dela. "A escola segue sendo o âmbito de socialização principal da criança e do adolescente e tem que trabalhar para detectar este fenômeno, afrontá-lo como problema e tratar de erradicá-lo," agregou.

Jornal LA NACION

PROVA DOS NOVE


CONFESSO QUE ESTOU ERRADO EM MEU PENSAMENTO SOBRE A QUE SE REFERIA UM CONHECIDO GAIATO, QUANDO ME PERGUNTOU: NOVE, NOVES FORA?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

DESAFINANDO

O Brasil inteiro, independente de sigla partidária ou de quem votou ou não em Dilma Rousseff, espera que ela faça um bom governo. Mas, para isto, é preciso que mostre, efetivamente, para o que veio e liderança ao dirigir os destinos de quase 200 milhões de cidadãos e uma das maiores economias do planeta. Quanto à economia, a nova presidente, mesmo que quizessem alguns, não conseguiria desestabilizá-la pois há pelo menos quatro governos, ou seja, desde a criação do Plano Real, ela vem tendo um bom desempenho. No aspecto político, deverá atravessar alguns turbilhões pois o mandato mal começou e Dilma Rousseff já precisou controlar incêndios entre os próprios membros do governo e da base aliada. O reajuste do salário mínimo, por exemplo, usado como moeda de troca por cargos de vários escalões no Poder Executivo, vai servir para testar a liderança da presidente e mostrar, aos que ainda duvidam, de quem é a palavra final. E impedir que o governo desafine no discurso, como vem acontecendo desde antes de sua posse.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

PARA COPIAR...E PAGAR

A Secretaria de Fazenda do Estado do Rio divulgou a tabela de vencimento do IPVA de 2011. As guias para pagamento do imposto estão disponíveis no site da Secretaria (www.fazenda.rj.gov.br) ou nos terminais eletrônicos do Banco Itaú.


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

COMBATE DE EDIS


A Câmara de Vereadores de Quissamã, a única a ter dois presidentes "eleitos" sob a luz de duas interpretações regimentais e jurídicas e a mesma onde a tolerância parece passar ao largo, não consegue reunir os nove edis há algumas semanas para decidir sobre questões importantes como, por exemplo, o orçamento deste ano. Usando o do ano passado, com várias emendas, a Prefeitura desta cidade corre o risco de ser acometida por problemas crônicos muito em breve. Fica a esperança de prevalecer o bom-senso administrativo e a sugestão do vereador Edir quando propõe 'que seus colegas voltem, votem e, aí, os combates sejam retomados'. Obviamente que, com exceção dos aloprados, ninguém quer embates e sim bons debates travados com o objetivo de contribuir com o crescimento de Quissamã. Enquanto isso...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

TÁ NERVOSO? VÁ PESCAR...


De acordo com a Folha de São Paulo, a venda do ansiolítico clonazepam disparou nos últimos quatro anos no Brasil, fazendo do remédio o segundo mais comercializado entre as vendas sob prescrição. Entre 2006 e 2010, o número de caixinhas vendidas saltou de 13,57 milhões para 18,45 milhões, um aumento de 36%. O Rivotril domina esse mercado, respondendo por 77% das vendas em unidades (14 milhões por ano). O levantamento foi feito pelo IMS Health, instituto que audita a indústria farmacêutica. O tranquilizante só perde hoje para o anticoncepcional Microvlar (em média, 20 milhões de unidades por ano).

MAIS TRAGÉDIAS VINDAS DE BRASÍLIA

O projeto do novo Código Florestal amplia a chance de ocupação de áreas de risco, uma das razões das mortes causadas pela chuva no Sudeste. O texto em tramitação no Congresso não considera topos de morro como áreas de preservação permanente e libera a construção de casas em encostas. Em locais assim houve deslizamentos que mataram centenas de pessoas no Estado do Rio. O projeto reduz ainda a faixa de preservação nas margens de rios, criando brecha para o uso de áreas como o alagado Jardim Pantanal, zona leste paulistana. O relator da revisão do Código Florestal, Aldo Rebelo (PC do B-SP), nega que o projeto trate de regras nas cidades. O texto, porém, cita a regularização fundiária de áreas urbanas.

domingo, 16 de janeiro de 2011

PRA COMEÇAR A SEMANA

UMA "SIMPLES" LOCUÇÃO, ATRAVÉS DE CARRO DE SOM, FEITA EM AREAL(RJ), PODE TER SALVO MUITAS VIDAS!

JORNALISMO MILITANTE

Trechos do artigo de Silvio Waisbord, professor de Jornalismo e Comunicação Política na George Washington University.

O que é jornalismo militante? É o que defende um governo ou partido independente dos erros? É ideologicamente puro ou é uma criatura da realpolitik disposta a tolerar qualquer negociação política? A ideia de um jornalismo militante como apêndice de um governo é problemática para a democracia, que não precisa de uma imprensa que sirva de porta-voz de nenhum oficialismo. Idealmente, o jornalismo deve ser cético frente ao poder e não ser crítico apenas segundo a cor política ou ideológica de quem detém o poder. Deve investigar o governo porque o poder quase sempre mantém lugares obscuros. Deve estimular os cidadãos a conhecer o que ignoram, em vez de confirmar suas preconcepções militantes. Como destacou Walter Lippmann, um dos colunistas mais influentes nos EUA durante o século passado: "Sem jornalismo crítico, confiável e inteligente, o governo não pode governar". O melhor jornalismo não é aquele que marcha perfilado junto com um governo. A última década da imprensa mundial confirma que o bom jornalismo não joga rosas na passagem das autoridades ou varre a sujeira para debaixo do tapete da lealdade com o governo.

O JORNAL MAIS AGUARDADO DOS ÚLTIMOS TEMPOS


O jornal mais comentado dos últimos anos ainda não foi lançado e nem sequer será de papel. Trata-se do The Daily, um jornal criado para o tablet iPad e que será apresentado no dia 19 de janeiro por seus idealizadores: ninguém menos do que Rupert Murdoch e Steve Jobs. A apresentação do The Daily será feita no Museu de Arte Moderna de São Francisco, na Califórnia, e promete ter toda a pompa própria dos lançamentos dos aparelhos da Apple, como foi com o próprio iPad. A promessa é de matérias curtas e linguagem acessível para o público em geral. Há poucos meses Rupert Murdoch se referiu ao The Daily como “uma verdadeira mudança na apresentação das notícias” e seu “projeto mais excitante”.

CIÊNCIA EM POLVOROSA

Em 1980, durante curso de Parapsicologia com grandes doutores, entre eles o Padre Quevedo, pude constatar que a Percepção Extrassensorial (PES) era uma realidade e enganavam-se aqueles que duvidavam desta "capacidade". E para reforçar a seriedade de alguns trabalhos, Daryl J. Bem, professor emérito de psicologia social da Universidade Cornell, acaba de escrever um artigo no qual alega apresentar evidências fortes em favor da PES, ou seja, a capacidade de pressentir o futuro. O "paper" foi aceito para publicação pelo "Journal of Personality and Social Psychology", que tem revisão por pares e se conta entre os principais periódicos dos EUA nessa área. Século XXI e tantas conquistas. Só falta aceitar o óbvio.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

CÂMARA DE QUISSAMÃ NA JUSTIÇA E NOS JORNAIS

De um lado da corda, um presidente, ex-secretário de Fazenda, "eleito" por um vereador que já foi presidente e vice-prefeito; por outro, que também já foi presidente da Casa, secretário municipal e acumula um número recorde de mandatos e, finalmente, por um neófito, evangélico e bem-intencionado que gosta de falar durante os discursos: "de boa intenção o inferno está cheio!". Na outra ponta, um presidente, também novo, cronologicamente falando e no exercício parlamentar, "eleito" pelo primeiro chefe do Legislativo quissamaense, o qual orgulha-se de ter ajudado a construir a sede da Câmara Municipal carregando sacos de cimento na bicicleta; por dois ex-secretários municipais e por um evangélico, de mão amiga, empresário da área de comunicação. Mas, como? Uma Casa das Leis, com gente tão experiente e com duas mesas diretoras? Esta é a realidade no município de Quissamã que, segundo um jornal de Campos, "é o único do Brasil a ter uma Câmara com dois presidentes". Acumulando tanta experiência política e tantos símbolos emblemáticos, era de se esperar que uma eleição como a que fazem a cada dois anos - geralmente sem muitas surpresas de última hora - transcorresse de maneira mais pacífica, com ou sem arrepios da Lei. Chamar a atenção de tantos por aquilo que tão poucos - no caso os nove vereadores - poderiam resolver é algo no mínimo constrangedor que só pode estar trazendo a alegria daqueles acostumados a ver o mar pegando fogo na esperança de comer peixe frito. Enquanto a velha batalha judicial continua, a população, terceira via como sempre, vive quase por decreto e sem um novo orçamento, à mercê de uma definição que já poderia ter vindo, democrática e mansamente, aliviando corações, mentes e bolsos, há muito sem esperança quando se trata da atividade política.

TRAGÉDIA NAS ALTURAS


A nova catástrofe na Região Serrana do Rio reforça a tese de que grande parte do povo brasileiro está amparada, apenas, por uma política sórdida praticada por políticos inescrupulosos. E isto a conduz, muitas vezes, à troca de votos por material de construção e por um falso "habite-se" em áreas de risco, -concessão do poder público-, que quando vêm as águas de janeiro, fevereiro e março fechando o verão levam os sonhos de milhares de pessoas. As construções nitidamente irregulares nas encostas, com pouca ou nenhuma fiscalização, denunciadas e transmitidas pela imprensa, deixam claro que há um grande aparato por parte das autoridades que parecem fazer vista grossa ao surgimento rápido de tantas comunidades em locais perigosos. Apesar de os governos insistirem na "grande melhora nas condições de vida de sua população", quando acontecem tragédias como a da madrugada desta terça-feira, fica claro que isto não passa de mais uma plataforma e engodo políticos a se aproveitar da boa-fé e da pobreza desta gente sem muitas opções. Surgem autoridades das mais variadas esferas e patentes, vindas de todos recantos, montadas nas mais variadas formas de locomoção mas todas, sem exceção, afinadas com o discurso de prometer ajuda no resgate da vítimas, realocação das famílias para um lugar mais seguro, alimentação, vestuário, pagamento de aluguel social e tudo mais que represente uma boa mídia e possibilidade de êxito nas urnas.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

JORNAIS EM QUEDA

CIRCULAÇÃO MÉDIA DIÁRIA DE JORNAIS NO BRASIL
(Folha SP, 23) Folha de SP 311,4 mil \ Super Notícia 311,1 mil \ Extra 282,1 mil \ Globo 282,1 mil \ Estado de SP 244,5 mil \ Meia Hora 164,8 mil \ Aqui 117,8 mil \ Agora 92 mil \ Jornal da Tarde 46,2 mil \ Diário de SP 40,1 mil.

MAIS SOBRE OS ROYALTIES

PRÉ-SAL: ESTADO DO RIO PERDERÁ 76% EM RELAÇÃO A HOJE

1. Hoje, além dos royalties existe a "participação especial", semelhante aos royalties. Essa desaparece. Com isso, os 10% que o governo fala, eram na verdade 20. Com a nova divisão, os estados e municípios produtores ficam com 25% + 6% = 31% de 15%, ou 4,65%, que divididos pelos 20 anteriores são 23,25%. Ou seja, a perda será de 76,75% em relação ao que é hoje.

2. Segundo o ministro de Minas e Energia, a fatia dos royalties que hoje é de 10 por cento da arrecadação no modelo de concessão, passa a ser de 15 por cento nos contratos firmados no modelo de partilha e haverá uma nova fórmula para compensar Estados e municípios.

3. A regra proposta pelo governo prevê que os royalties serão divididos da seguinte forma: 25% para os Estados produtores \ 6% para os municípios produtores \ 3% para os municípios onde há embarque e desembarque de petróleo \ 22% para todos os Estados (pelos critérios do Fundo de Participação dos Estados) \ 22% para todos os municípios (pelos critérios do Fundo de Participação dos Municípios) \ 19% por cento para a União \ e 3% para um fundo que promoverá ações de mitigação para problemas ambientais causados pela exploração.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A CASA DAS LEIS AINDA É DO POVO



1- Para quem achava que tinha visto tudo, por ter convivido quase 10 anos com legisladores, não concebo a ideia de uma Câmara como a de Quissamã, com nove representantes - pela qual tive o orgulho de passar - não conseguir consenso quanto à eleição de sua mesa diretora, algo, geralmente, muito simples de se resolver.
2- O quê faltou ou o quê sobrou?
3- E nós, simples mortais, como ficamos? E o orçamento, plano financeiro estratégico de uma administração e interesse maior dos cidadãos e contribuintes, como fica?
4 - Já não se fazem mais políticos como antigamente. Sou do tempo que todas as discussões políticas objetivavam uma resolução política, passando, sempre, por acomodações políticas. Sem maiores traumas.
5- E por falar em trauma, a falta de diálogo (como esta em questão), certamente vai deixar sequelas e cicatrizes profundas incapazes de serem superadas. Salvo se houver rápidas e profundas intervenções POLÍTICAS.
6- E menos interlocutores, muito mais preocupados na discórdia e na disseminação da central de boatarias...

À LUZ DA PSICO

TRUQUES PARA CUMPRIR PROMESSAS
Com a passagem do ano, milhões de pessoas fizeram suas resoluções de ano novo. Mas pesquisas mostram que somente cerca de 10% cumprem suas promessas. O psicólogo Richard Wiseman, da Universidade de Hertfordshire, estudou as diferenças entre os que abandonam suas resoluções e os que as cumprem. Segundo ele, aqueles que falham têm uma grande chance de abandonar suas resoluções ainda na primeira semana. A pesquisa de Wiseman mostra que contar apenas com a força de vontade não é suficiente para conseguir cumprir as resoluções. Entre as estratégias usadas para ajudar no cumprimento das resoluções, o pesquisador cita a quebra da decisão em vários pequenos passos e o estabelecimento de autorrecompensas após atingir cada objetivo parcial. Outro método para garantir que as resoluções serão cumpridas é contar seus objetivos a amigos e parentes. Assim, tanto o apoio como o temor do fracasso estimulariam as pessoas a obedecer suas resoluções. Os que tiveram sucesso também se lembravam regularmente dos benefícios de se atingir o objetivo. Lembre-se destas "dicas" ao prometer parar de fumar, emagrecer, trabalhar mais - ou menos - e não mentir ao fazer promessas.

DE OLHO NO PETRÓLEO. E NOS VETOS!

Quando o assunto é dinheiro, não há morosidade, principalmente, na política. Foi pensando assim que o Congresso, antes de entrar em recesso, aprovou rapidamente um "reajuste" de 61% para deputados e senadores. E deverá seguir o mesmo rito quando o tema espinhoso da divisão de royalties voltar para as Casas. Apesar de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter vetado a emenda aprovada no Senado e na Câmara, com apoio da maioria, que redistribuía para todos os estados o dinheiro dos royalties da exploração atual de petróleo e da futura camada de pré-sal, os estados produtores - principalmente RJ e ES - tendo os municípios na retaguarda, continuam muito preocupados com a possibilidade constitucional de o veto ser derrubado. Ninguém pode se esquecer que há uma Constituição soberana no país que, apesar de garantir compensação financeira a produtores, também garante legitimidade ao Congresso para derrubar vetos e, neste caso, fazer valer as emendas Ibsen Pinheiro e Pedro Simon. Esta prerrogativa aconteceu, recentemente, nos últimos dois governos de FHC e Lula, com um veto para cada um. Há muito dinheiro em jogo. Só o Estado do Rio de Janeiro pode perder até R$ 7 bilhões por ano, somados a milhões para o Espírito Santo. Com exceção de São Paulo, que parece não estar muito preocupado com o pós-sal — os outros 24 governadores, no entanto, continuam erguendo a bandeira da democracia - e muitas vezes da demagogia - prometendo "distribuir a riqueza de maneira equânime, tornando o país mais digno". Movida a óleo, muito óleo, a briga promete, ainda, outros rounds decisivos. Com o fim do recesso e logo após a chegada de muitos parlamentares novos, do quilate ou não do deputado Tiririca, o assunto deve voltar aos noticiários e a trazer muita preocupação, principalmente para quem se comprometeu a destinar os recursos da exploração de petróleo em prol de projetos ou atividades econômicas que promovam novas alternativas de desenvolvimento sustentável, de modo a prevenir o declínio econômico, sem esquecer que o petróleo é um recurso natural e tende a se exaurir. O que querem todos os brasileiros bem-intencionados, acostumados a defender o pacto federativo e a Carta Magna que ajudaram a escrever, é o prevalecimento previsto, legal, constitucional e correto da compensação maior a estados produtores porque eles sofrem maior impacto com a exploração de petróleo, a exemplo do que ocorre no Rio e no ES. Você não vai ter navio trafegando em Belo Horizonte, então não é justo que Belo Horizonte receba o mesmo que o Rio. Sendo assim, o que queremos é a continuidade dos projetos sociais desenvolvidos com os recursos advindos do mar e sua extensão para todos os municípios desde que isto não represente quebra do pacto federativo tampouco jogar no lixo várias conquistas alcançadas até aqui.

sábado, 1 de janeiro de 2011

NADA DE NOVO NO FRONT

Quem disse que os episódios políticos vividos pela população de Quissamã são inéditos? Talvez difiram apenas em gênero. A disputa entre dois grupos para a escolha da mesa diretora da Câmara desta cidade é recorrente e (re)lembra até mesmo embates do passado travados entre vereadores diferentes que pensavam diferentemente de alguns iguais. Como disse, difere pelo fato de não ter havido tanta publicidade e um empenho tão incisivo como o atual. Mas, a propósito, será que esta mesma população sabe o quê é política? Hoje, ela é muito questionada, pois é sistematicamente confundida com as ações dos políticos profissionais, principalmente, pelos maus políticos. Para ajudar a entendê-la, recomendo àqueles "interessados" - contumazes ou eventuais ( a grande maioria) - conhecer alguns pensamentos da filósofa alemã Hannah Arendt cujo sentido da política é a liberdade. Segundo ela, a ideia de política e de coisa pública surge pela primeira vez na polis grega considerada o berço da democracia. O conceito de política que conhecemos nasceu na cidade grega de Atenas e está intimamente ligado à ideia de liberdade que para o grego era a própria razão de viver. Utilizando o conceito grego de política é que Arendt nos diz: - A política baseia-se no fato da pluralidade dos homens", portanto, ela deve organizar e regular o convívio dos diferentes e não dos iguais. Para os antigos gregos não havia distinção entre política e liberdade e as duas estavam associadas à capacidade do homem de agir, de agir em público que era o local original do político ( e olha que ainda não havia transmissão pela rádio local). O homem moderno não consegue pensar desta maneira pelas desilusões em relação ao político profissional e a atuação desse no poder. Porém, Arendt acreditava na ação do homem e na sua capacidade de "fazer o improvável e o incalculável". E esta capacidade é a mesma em qualquer lugar onde haja disputa pelo poder. Não é fácil discutir - e admitir - a questão da política nos dias de hoje. Estamos carregados de desconfianças em relação aos homens do poder. Porém, o homem é um ser essencialmente político. Todas as nossas ações são políticas e motivadas por decisões ideológicas. Tudo que fazemos na vida tem consequências e somos responsáveis por nossa ações. A omissão, em qualquer aspecto da vida, significa deixar que os outros escolham por nós. Nossa ação política está presente em todos os momentos da vida, seja no aspecto privado ou público. Vivemos com a família, nos relacionamos com as pessoas no bairro, na escola, somos parte integrante da cidade, pertencemos a um estado e país, influímos em tudo o que acontece em nossa volta. Podemos jogar lixo nas ruas ou não, podemos participar da associação do nosso bairro ou fazer parte de uma pastoral ou trabalhar como voluntário em uma causa em que acreditamos. Podemos votar em um político corrupto ou votar num bom político, precisamos conhecer melhor propostas, discursos e ações dos que nos representam. Mas, voltando aos aspectos que envolvem o impasse vivido pelo legislativo quissamaense ( o impasse, reitero, é a batalha judicial travada pelos dois grupos que disputam a mesa diretora da Câmara, onde mandados e liminares não permitem que a população conheça a decisão final no prazo pré-estabelecido), é natural que surjam interesses políticos, defendidos por políticos com a finalidade de desenvolver uma política que, a curto prazo, fará a diferença nas eleições de 2012. Não adianta ninguém defender a tese que os vereadores têm interesses puramente institucionais, uma vez que nos conflitos sempre afloram disputas internas ou pessoais, com o prevalecimento de traumas ou até mesmo a marcação de posições que mais parecem - na linguagem da etologia animal - uma "mijadinha" para delimitar espaços. Quem - como eu - conseguiu analisar alguns discursos acalorados feitos em sessões ordinárias ou extraordinárias, através da rádio comunitária Quissamã ou in loco via internet, pôde "sentir " ( catarse, feelling, feedback, como queiram...) que os mesmos fazem parte de um grande estratagema visando as próximas eleições municipais. Ou não?

FOGO AMIGO

Nada como se quebrar paradigmas. A eleição do ex-metalúrgico Lula, por duas vezes, sua saída do governo com 85% de aprovação popular e, agora, a posse da primeira presidente do país mostram que derrubar conceitos e preconceitos estabelecidos pela sociedade não é tão difícil assim e que Einstein estava errado quando disse que era mais fácil desintegrar um átomo. Eleita pela onda do "quase populismo do cara", pela estabilidade econômica do país e pela impressão de um grande crescimento, Dilma Rousseff, apesar da dificuldade de se eleger ( Dilma teve 56 milhões de votos (41%); o Serra 43 milhões de votos (32%) e os 27% restantes são votos nulos, em branco ou de eleitores que não compareceram para votar) não deverá ter problemas muito diferentes do seu antecessor. Talvez o "fogo amigo" seja o maior deles, pois a base de sustentação do governo, que inclui a necessidade de o PMDB dividir os principais espaços e a antiga e comprovada prática de corrupção de membros de seu próprio partido, constituam aqueles que, na guerra, se tornam um dos grandes responsáveis por tantas baixas, diminuição da autoestima e, eventualmente, pela perda de batalhas.

PRA COMEÇAR O ANO


ANO NOVO, VIDA NOVA (E QUE VENÇAM OS MENOS PIORES...) SEMPRE!